O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rebaixou ou expulsou da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) mais de 20 militares que manifestaram publicamente seu descontentamento com o governo e que, segundo considerou o chefe do Estado, incitaram uma rebelião.
A decisão foi divulgada nesta sexta-feira pela Gazeta Oficial do país, com data de 28 de fevereiro, na qual se indicam as sanções contra 24 integrantes da FANB “por ter tentado por meios violentos mudar a forma republicana da Nação”.
No decreto, os militares são acusados de ter “criado estado de desequilíbrio e soçobra, ter atentado contra a liberdade e a independência da Nação, e ter feito uso indevido, desmesurado e desproporcional de armas de guerra pondo em perigo a independência e soberania da Nação”.
Estas sanções englobam 13 altos cargos militares como os generais Raúl Isaías Baduel, preso desde 2009; Antonio Rivero, dirigente no exílio do partido Vontade Popular (VP); o ex-ministro Hebert García Plaza, e o capitão Juan Caguaripano, que invadiu um quartel no ano passado.
A Gazeta indica que para este grupo de 13 homens a sanção “implicará necessariamente na perda do grau e condecorações nacionais” sem que se estabeleça expressamente a expulsão de algum deles do corpo militar.
Por outro lado, o outro grupo de 11 sancionados é integrado por jovens soldados aos quais Maduro ordenou expulsar e afastar da FANB.