Líder venezuelano é desafiado por Washington, que reconheceu o oposicionista Juan Guaidó como presidente interino
Por Da Redação
Atualizado em 23 jan 2019, 20h13 - Publicado em 23 jan 2019, 18h41
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rompeu relações com os Estados Unidos nesta quarta-feira, 23, depois do anúncio do reconhecimento ao líder oposicionista Juan Guaidó como presidente interino do país. A decisão de Washington foi replicada pelos governos do Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Equador, Canadá e pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Até o momento, o líder bolivariano não anunciou a ruptura de relações com esses e outros países que venham a reconhecer Guaidó como presidente interino. O governo de Andrés Manuel López Obrador informou que o México continuará a reconhecer Nicolás Maduro como presidente legítimo do país.
“Aqui, ninguém se rende. Aqui, vamos ao combate”, afirmou Maduro, referindo-se ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo o jornal La Nación, Maduro deu um prazo de 72 horas para os diplomatas e demais funcionários das representações americanas na Venezuela deixarem o país. Diante de sua plateia cativa, voltou a carga contra os Estados Unidos, acusando-o de realizar uma “operação para impor um governo de marionete na Venezuela”.
“Não queremos mais o intervencionismo do século XX”, declarou.
Maduro foi desafiado nesta quarta-feira por manifestações em todo o país em favor de sua renúncia e da redemocratização da Venezuela. Em Caracas, onde mais de 100.000 pessoas se mobilizaram, apesar da intimidação do forte aparato policial, Guaidó fez um juramento solene de posse em suas novas funções. Ele já havia se proclamado presidente interino no dia 11, com base no artigo 333 da Constituição.
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“A este palácio presidencial, chegamos por meio do voto do povo”, declarou Maduro, eleito para o terceiro mandato em maio de 2018 em eleições fraudadas e nas quais a oposição teve ínfima participação.
Pouco depois do discurso de Guaidó, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pediu à Procuradoria venezuelana o início de processos legais contra a mesa da Assembleia nacional, que é presidida por Guaidó.
Maduro, a rigor, continua a governar o país porque ainda tem o apoio das Forças Armadas e da Guarda Nacional Bolivariana, além dos milicianos civis armados por seu governo. Ele também controla o TSJ e a Assembleia Constituinte, que tomou para si as atribuições da Assembleia Nacional. No plano externo, tem o apoio da China, Turquia e Rússia, de boa parte dos países africanos e dos bolivarianos Cuba, Nicarágua e Bolívia.
Como sinal de apoio da Assembleia Constituinte, seu primeiro vice-presidente, Diosdado Cabello, convocou os políticos e militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para uma vigília na frente do Palácio de Miraflores.
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
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As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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