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Mãe de terrorista de Londres diz estar “profundamente triste”

Janet Ajao afirmou que derramou muitas lágrimas pelas vítimas do ataque desde que descobriu que seu filho foi o responsável

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h13 - Publicado em 27 mar 2017, 17h46

A mãe do terrorista que matou quatro pessoas em um atentado no Parlamento inglês, em Londres, na última quarta-feira, disse estar “profundamente chocada, triste e atordoada” com as ações de seu filho. Em um comunicado divulgado pela polícia, Janet Ajao afirmou que derramou muitas lágrimas pelas vítimas do ataque desde que descobriu que seu filho, Khalid Masood, foi o responsável pelo “incidente horroroso”.

Ajao disse que quer deixar “absolutamente claro” que ela não perdoa as ações do filho nem apoia as crenças que o levaram a realizar o atentado. Masood nasceu no sul da Inglaterra em 1964 como Adrian Elms, mas incorporou o nome Adrian Ajao de seu padrasto, com quem sua mãe se casou quando ele era criança. Segundo a polícia, o terrorista mudou seu nome para Khalid Masood em 2005. Janet Ajao mora atualmente no interior do País de Gales.

Ligação com grupos terroristas – Nessa segunda-feira, a polícia londrina anunciou que não encontrou provas de uma suposta conexão entre Masood e grupos jihadistas como o Estado Islâmico (EI) e a Al Qaeda. As forças de segurança inglesas acreditam que o agressor, de 52 anos, teria “copiado” as técnicas de “baixo custo” promovidas por esses grupos, mas não encontrou evidências de que ele teve ajuda de outras pessoas para planejar o ataque.

As ações de Masood “lembram a retórica do Estado Islâmico por sua metodologia, e porque ele atacou policiais e civis”, afirmou o porta-voz da polícia Neil Basu. “No entanto, neste momento, não temos nenhuma prova de que ele tivesse planejado isso com outros”, ressaltou. Também não existem provas de que Masood “se radicalizou na prisão em 2003, como se sugeriu” e essa tese é “pura especulação”, acrescentou Basu.

Masood foi morto por agentes armados nos arredores do Parlamento inglês depois que matou com uma faca o policial Keith Palmer, de 48 anos. Antes, o terrorista atropelou com um veículo 4×4 alugado dezenas de pessoas que passeavam pela ponte de Westminster, deixando outros mortos e dezenas de feridos.

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Segundo o jornal The Guardian, Masood já era conhecido pelo MI5, o serviço secreto inglês, desde 2010, quando retornou à Inglaterra da Arábia Saudita, onde havia dado aulas de inglês. Mas ele acabou saindo do radar da inteligência do país. A primeira-ministra britânica, Theresa May, confirmou recentemente que Masood havia sido investigado anteriormente pelos serviços de inteligência, mas apenas como uma figura “periférica”. No momento, há uma crescente pressão para uma explicação oficial sobre o quão próximo Masood havia sido monitorado e por que a vigilância foi interrompida.

Detenções

No domingo, um homem foi detido em Birmingham, no centro da Inglaterra, por ter relação com o atentado. Com essa última prisão, o total de pessoas presas subiu para 12, embora nove já tenham sido liberadas sem acusações, enquanto uma mulher foi solta após pagamento de fiança.

Outro homem, de 58 anos, detido na quinta-feira também em Birmingham, permanece sob custódia pelos detetives que investigam o caso. Além disso, a polícia revistou 15 propriedades em diversas cidades britânicas, como Londres, Brighton e Manchester, assim como outras áreas do sul da Inglaterra.

A polícia inglesa procura por pessoas ligadas a Masood que possam estar planejando outros atentados ou tenham sido radicalizadas também.

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