A Rússia lançou nesta sexta-feira, 3, um ataque massivo com drones nas regiões oeste e sul da Ucrânia, nas regiões de Kharkiv, Odesa, Kherson e Lviv. Segundo a Força Aérea ucraniana, 24 de 40 drones “Shahed”, de fabricação iraniana, foram abatidos, representando o maior ataque aéreo em semanas. Um míssil X-59, dispositivo que atinge pequenos alvos terrestres a partir de rotas predeterminadas, também foi bloqueado.
“Percebemos que, à medida que o inverno se aproxima, os terroristas russos tentarão causar mais danos. Responderemos ao inimigo”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o ataque, acrescentando que as defesas aéreas estiveram ativas em 10 regiões diferentes.
Casas e estabelecimentos comerciais foram destruídos na cidade de Kharkiv, segunda maior do país. O ataque é somado ao rol de crimes de guerras cometidos por Moscou – o Tribunal Penal Internacional (TPI) condena o ataque a edifícios civis, bem como privar a população dos meios de subsistência.
Em uma tentativa de prevenir maiores estragos, autoridades afirmaram que Kiev está se preparando para investidas russas contra o sistema energético ucraniano, que estaria mais vulnerável em comparação ao do ano anterior em razão dos poucos equipamentos e peças sobressalentes.
+ Rússia atacou usina nuclear em Khmelnytsky, diz Zelensky
A Força Aérea acrescentou que os últimos drones foram lançados em diferentes ondas, variadas regiões e em pequenos grupos. Como consequência, os alertas aéreos soaram por toda a noite desta quinta-feira 2 nas regiões alvejadas.
Sem detalhar o grau de destruição, governador de Lviv, Maksym Kozytskiy, disse que uma instalação de infraestrutura foi atingida cinco vezes, mas não houve vítimas.
Na região próxima de Ivano-Frankivsk, uma instalação militar foi atacada, informou a governadora Svitlana Onishchuk.
Em outubro, Zelensky, informou que um novo ataque de drones da Rússia foi direcionado a uma usina nuclear ao oeste do país, ferindo 20 pessoas e causando danos leves à infraestrutura do local. Na ocasião, o governo ucraniano acusou o Kremlin de arriscar um acidente radioativo, cometendo uma forma de “terrorismo nuclear”.