Mais de 1.300 pessoas foram presas em protestos anti-guerra na Rússia
Manifestações eclodiram após Putin ordenar convocação de reservistas militares; Mais de 500 foram detidos só em Moscou e São Petersburgo
Forças de segurança detiveram mais de 1.300 pessoas na Rússia na quarta-feira 21, em protestos denunciando a “mobilização militar parcial, disse o grupo de direitos humanos OVD-Info.
Os protestos eclodiram horas depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o primeiro alistamento militar da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. O grupo independente de monitoramento de protestos disse que, de acordo com informações coletadas de 38 cidades russas, mais de 1.311 pessoas foram detidas no final da noite.
Segundo a OVD-Info, esses números incluem pelo menos 502 detidos em Moscou e 524 em São Petersburgo, a segunda cidade mais populosa da Rússia. Reuniões não autorizadas são ilegais sob as leis anti-protestos da Rússia.
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A autoridade do Ministério do Interior russo, Irina Volk, em um comunicado citado por agências de notícias russas, disse que os oficiais interromperam as tentativas de organizar o que chamou de pequenos protestos.
“Em várias regiões, houve tentativas de realizar ações não autorizadas que reuniram um número extremamente pequeno de participantes”, disse Volk. “Tudo isso foi parado. E aquelas pessoas que violaram as leis foram detidas e levadas para delegacias de polícia para investigação e apuração de sua responsabilidade”.
Voos só de ida da Rússia também tiveram disparadas de preço e esgotaram rapidamente na quarta-feira, depois que Putin ordenou a convocação imediata de 300.000 reservistas.
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O movimento de oposição Vesna convocou protestos, dizendo: “Milhares de homens russos, nossos pais, irmãos e maridos, serão jogados no moedor de carne da guerra. Pelo que eles estarão morrendo? Pelo que as mães e as crianças estarão chorando?”
A promotoria de Moscou alertou que organizar ou participar de protestos pode levar a até 15 anos de prisão. As autoridades emitiram avisos semelhantes antes de outros protestos. Os protestos de quarta-feira foram os primeiros contra a guerra em todo o país desde que os combates começaram no final de fevereiro.