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Mais de 140 pessoas foram mortas em 10 dias no Irã, segundo Anistia

A organização não-governamental registrou 106 mortes nos primeiros quatro dias de protestos no país, e mais 37 nos seis dias seguintes

Por Da Redação
25 nov 2019, 19h36
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  • As pessoas andam perto de um banco queimado, após protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, em Teerã, capital do Irã — 20/11/2019 (Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency)/Reuters)

    Pelo menos 143 pessoas foram mortas por forças de segurança do governo do Irã em meio à onda de protesto que abala o país em novembro, disse a organização não-governamental Anistia Internacional nesta segunda-feira, 25. O saldo anterior, registrado há apenas seis dias, era de 106 manifestantes mortos.

    “A comunidade internacional deve denunciar o uso intencional da força letal pelas forças de segurança iranianas que levaram à morte de pelo menos 143 manifestantes nos conflitos que eclodiram em 15 de novembro”, disse a ONG de defesa dos direitos humanos sediada no Reino Unido.

    Em comunicado anterior, divulgado no dia 19, a Anistia contabilizava apenas 106 mortos.

    Mas, como se ressalva no mesmo comunicado, “a organização acredita que o verdadeiro número de mortos deva ser muito maior, com alguns relatórios sugerindo que chegue a 200”.

    A Anistia ainda denunciou, com base em registros em vídeo, o uso de armas de fogo, canhões de água, bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes por parte das autoridades para dispersar manifestantes. Mais de 1.000 pessoas foram apreendidas nos primeiros três dias de protestos.

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    Os protestos no Irã tiveram início no dia 15 de novembro, quando o governo anunciou um plano econômico que busca alavancar receitas devido a sanções americanas que foram impostas em março de 2018, após a saída unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear iraniano. O governo anunciou um aumento de pelo menos 50% do preço do combustível.

    Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a população iraniana convive com o aumento de 40% na inflação do país desde que a campanha de pressão máxima dos Estados Unidos entrou em vigor.

    Em maio de 2018, o governo de Donald Trump anunciou a saída dos EUA do Joint Comprehensive Plan of Action, um acordo internacional que visava a conter o programa nuclear bélico iraniano em troca de alívio de sanções internacionais.

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    Firewall iraniano

    O bloqueio quase integral da internet por parte das autoridades também foi criticado pela ONG. Segundo a Anistia, o governo implementa um “desligamento quase total de todos os meios de comunicação on-line” desde o dia 16 de novembro.

    Entre os dias 17 e 21, o índice de conectividade do Irã com outros países despencou para 5% dos “níveis normais”, afirmou a ONG Netblocks, que mapeia a liberdade na internet.

    “Desligar as comunicações pela Internet é um assalto sistemático ao direito à liberdade de expressão e sugere que as autoridades tenham algo a esconder” said Philip Luther, diretor do setor da Anistia voltado ao Oriente Médio e ao Norte da África.

    (Com AFP)

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