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Mais de 160 profissionais da saúde palestinos estão detidos em prisões israelenses

Relatos citados por organização não governamental vão de encontro com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 fev 2025, 12h20

Uma organização médica não governamental afirmou que ao menos 162 profissionais da saúde de Gaza, incluindo mais de 20 médicos, estão detidos em instalações israelenses. Os relatos, publicados pelo jornal britânico The Guardian nesta terça-feira, 25, seguem dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz ter verificado que 297 profissionais foram detidos desde o início da guerra, em outubro de 2023, embora não saiba quantos foram libertados ou ainda estão detidos.

Muath Alser, diretor da Healthcare Workers Watch, ressaltou que a detenção de um grande número de médicos, enfermeiros, paramédicos e outros profissionais de saúde de Gaza é ilegal sob a lei internacional. Muitos não estariam recebendo cuidados médicos devidos. Dos ao menos 160 citados pela ONG, 24 estão desaparecidos.

“O direcionamento de Israel à força de trabalho da saúde dessa maneira está tendo um impacto devastador na prestação de cuidados de saúde aos palestinos, com sofrimento extenso, inúmeras mortes evitáveis ​​e a erradicação efetiva de especialidades médicas inteiras”, disse Alser.

De acordo com as convenções de Genebra, o conjunto de leis internacionais que regulamentam a conduta das partes em conflito, os médicos devem ser protegidos, não podem ser atacados durante conflito e devem ter permissão para continuar prestando cuidados médicos àqueles que precisam.

No passado, Israel defendeu suas operações militares no sistema de saúde de Gaza alegando que hospitais estavam sendo usados ​​pelo grupo militante palestino Hamas como centros de comando militar e que os profissionais de saúde detidos eram suspeitos. O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, disse que até o momento Israel não conseguiu comprovar essas alegações.

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Um advogado que representa o médico palestino Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, cuja detenção pelas forças israelenses em dezembro gerou condenação internacional, disse recentemente que recebeu permissão para visitar seu cliente, detido na Prisão de Ofer, em Ramallah, pela primeira vez, e que ele havia sido torturado, espancado e negado tratamento médico.

Em uma declaração ao jornal britânico The Guardian, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, condenou a detenção contínua de pessoal médico por Israel e disse estar profundamente preocupado.

O escritório de direitos humanos da ONU exigiu que Israel liberte imediatamente o pessoal médico detido arbitrariamente e acabe “com todas as prática que equivalem a desaparecimentos forçados, tortura e outros maus-tratos”.

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