Mais de 2 mil civis foram mortos na Ucrânia, diz serviço de emergência
De acordo com as Nações Unidas, cerca de 836 mil pessoas já cruzaram a fronteira da Ucrânia para fugir do conflito
Mais de 2.000 civis foram mortos desde o início da invasão russa à Ucrânia e centenas de estruturas, como instalações de transporte, hospitais, jardins de infância e prédios residenciais foram destruídos, relatou o serviço de emergência ucraniano nesta quarta-feira, 2.
“Durante os sete dias da guerra, a Rússia destruiu centenas de infraestruturas de transporte, casas, hospitais e creches. Neste tempo, mais de 2.000 ucranianos morreram. Crianças, mulheres e nossos defensores estão perdendo suas vidas a cada hora”, disse a entidade em publicação no Facebook.
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Além do número de mortos, cerca de 836 mil pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, de acordo com as Nações Unidas. Destas, mais da metade seguiu em direção à Polônia e outros 116 mil atravessaram a fronteira em direção à Hungria.
Mais de 96 mil pessoas também se dirigiram para as regiões separatistas pró-Moscou de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, entre 18 e 24 de fevereiro. Em fevereiro, o Kremlin reconheceu a independência das duas regiões pouco antes de começar a ofensiva ao território ucraniano.
A agência para refugiados da ONU estima que até 5 milhões de ucranianos serão deslocados ao longo do conflito. Espera-se que 3 milhões de pessoas cheguem só na Polônia, que faz parte da Otan, a principal aliança militar ocidental, e está mantendo as fronteiras abertas.
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No sétimo dia de conflito, a Rússia anunciou a tomada da cidade portuária de Kherson, cercada ao longo de toda a terça-feira. Em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, a ofensiva continua e ao menos quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas em conflitos na região.
Em contraponto à pressão militar, avanços diplomáticos também são esperados para esta quarta-feira, com a segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia. O encontro deve ocorrer na fronteira entre Belarus e Polônia.
Na última segunda-feira, delegações russas e ucranianas se encontraram, em uma reunˆnao de cerca de cinco horas, mas não houve resultados significativos.
A imprensa ucraniana afirma que a Rússia, além da não expansão da Otan para o Leste Europeu, teria exigido que a Ucrânia se comprometesse a documentar seu status de não integrar nenhum bloco e realizar um referendo sobre isso, reconhecesse as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, abandonasse a exigência da devolução da Crimeia à Kiev e promovesse o fim das políticas nazistas. Já a Ucrânia teria exigido um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas do país.