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Mais de 3 mil pessoas foram assassinadas no Haiti entre janeiro e junho, alerta ONU

Relatório denuncia avanço de facções armadas e risco de desestabilização regional no Caribe

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jul 2025, 15h44

Mais de 3 mil pessoas foram assassinadas no Haiti entre janeiro e junho deste ano, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira, 11, pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento denuncia a escalada da violência promovida por gangues armadas e alerta que o país enfrenta um colapso institucional e humanitário, com potencial de desestabilizar também países vizinhos da região caribenha.

De acordo com Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, ao menos 3.141 pessoas foram mortas apenas no primeiro semestre deste ano. O número se soma a 1.723 assassinatos registrados entre outubro e dezembro de 2024, totalizando 4.864 mortes em menos de nove meses.

O avanço das facções armadas atinge especialmente as regiões de Basse-Artibonite, Centre, Ganthier e Fonds Parisien, próximas à capital Porto Príncipe. Só nesses locais, entre outubro de 2024 e junho de 2025, pelo menos 1.018 pessoas foram mortas, 213 ficaram feridas e 620 foram sequestradas, segundo o levantamento.

“O povo haitiano está à mercê de uma violência atroz”, afirmou Volker Türk, alto comissário da ONU, em comunicado oficial. “Eles enfrentam, ao mesmo tempo, os abusos brutais de gangues armadas, a repressão de forças de segurança e a brutalidade dos chamados grupos de autodefesa.”

A ONU alerta que a expansão territorial das facções está ocupando rotas estratégicas no norte, centro e na direção da República Dominicana, o que amplia o risco de tráfico transnacional de armas e pessoas. Esse movimento, segundo o relatório, tem o potencial para desestabilizar toda a região do Caribe.

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Em meio a esse cenário, o Haiti também enfrenta um agravamento da crise humanitária. Centenas de milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, fugindo da ofensiva das gangues, que impõem toques de recolher, fecham escolas e controlam a circulação de alimentos e medicamentos nas áreas dominadas.

Um relatório anterior da ONU, divulgado em janeiro, já havia apontado que 5.601 pessoas foram assassinadas em 2024 em decorrência direta da atuação das gangues, marcando um recorde anual de mortes no país.

Diante do agravamento da crise, a ONU renovou seu apelo à comunidade internacional para reforçar o apoio ao governo haitiano e às organizações humanitárias que atuam em defesa das populações mais vulneráveis.

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