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Mais de 50 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em protestos no Nepal

Entre as vítimas, estão 21 manifestantes, nove prisioneiros, três policiais e outras 18 pessoas, cujas informações não foram divulgadas

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 set 2025, 11h23

Ao menos 51 pessoas morreram e outras 1.300 ficaram feridas nos protestos anticorrupção no Nepal ao longo desta semana, informou o porta-voz da polícia do país, Binod Ghimire, nesta sexta-feira, 12. Entre as vítimas, estão 21 manifestantes, nove prisioneiros, três policiais e outras 18 pessoas, cujas informações não foram divulgadas. Mais de 12.500 detentos escaparam de prisões ao redor do território nepalês. 

“Cerca de 13.500 prisioneiros escaparam – alguns foram recapturados, 12.533 ainda estão foragidos”, anunciou Ghimire, informando que parte dos fugitivos teria tentado evadir para a Índia, onde foram presos pelas forças de fronteira.

Depois da invasão dos prédios do governo, com cenas de violência contra políticos, o primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou. O estopim da revolta foi a decisão do governo de bloquear 26 plataformas de redes sociais, mas a medida rapidamente desencadeou uma onda de insatisfação contra corrupção endêmica, desigualdade econômica e a concentração de poder nas mãos de uma elite política envelhecida.

A escalada das mortes ocorre em meio à expectativa de que a ex-presidente do Supremo Tribunal do país, Sushila Karki, seja nomeada primeira-ministra interina. Um especialista constitucional consultado pelo presidente do Nepal, Ramchandra Paudel, e pelo chefe do exército, Ashok Raj Sigdel, disse à Reuters que “eles (a Geração Z) a querem” e que a reunião para indicá-la acontecerá ainda nesta sexta.

+ A revolta Z: como eclodiu a crise generalizada provocada pela juventude do Nepal

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Entenda a crise

A revolta expôs a frustração de uma geração que se autodenomina geração Z e que denuncia o abismo entre a vida luxuosa dos filhos da elite política, apelidados de “nepo kids”, e a realidade de um país em que o desemprego atinge sobretudo os jovens.

Nas semanas que antecederam os violentos protestos de segunda e terça-feira no Nepal, quando o parlamento, a Suprema Corte, sedes de partidos e as residências de políticos foram invadidas e incendiadas, vídeos e fotografias que pretendiam denunciar o estilo de vida opulento desfrutado pelos filhos dos governantes do país inundaram as redes sociais.

As imagens que viralizaram mostram herdeiros de ex-primeiros-ministros ostentando bolsas de grife e carros importados, relógios de milhões de dólares em uma pilha de presentes de Natal, embarcando em viagens luxuosas, ou jantando em restaurantes caros. Enquanto isso, cerca de 25% da população vive abaixo da linha de pobreza nacional, proporção alta mesmo para os padrões da região.

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Palco de constantes escândalos, o Nepal é classificado pela Transparência Internacional como um dos países mais corruptos da Ásia. Recentemente, investigações revelaram o desvio de US$ 71 milhões na construção de um aeroporto na cidade de Pokhara, bem como um esquema de venda de vistos para jovens buscarem emprego nos Estados Unidos sob a falsa identidade de refugiados. Em ambos casos, ninguém foi indiciado.

 

 

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