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Mais um crítico de Trump vira alvo de investigação e denuncia ‘abuso de poder’; entenda caso

Trata-se da terceira vez em semanas que um rival do republicano entra na mira do Departamento de Justiça dos EUA

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 out 2025, 10h47

O ex-conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, se apresentou a um tribunal em Maryland nesta sexta-feira, 17, para enfrentar 18 acusações criminais relacionadas à transmissão e retenção de informações confidenciais. Crítico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele teria enviado registros de seu diário a duas pessoas não identificadas sobre suas atividades enquanto conselheiro, incluindo conteúdos sigilosos. Trata-se da terceira vez em semanas que um rival de Trump entra na mira da Justiça.

Na véspera, o republicano disse a repórteres que não estava ciente das acusações contra Bolton, a quem definiu como um “cara mau”. As investigações contra o ex-conselheiro ganharam força ainda no governo do ex-presidente Joe Biden. O Departamento de Justiça lida com casos da Lei de Espionagem em situações de “fatores agregadores”, como manuseio indevido intencional de informações confidenciais, deslealdade aos EUA e obstrução.

Bolton, que deixou a Casa Branca no primeiro mandato de Trump em maus termos, alega inocência e, em declaração, disse estar “ansioso pela luta para defender minha conduta legal e expor seu abuso de poder”. Seu advogado, Abbe Lowell, negou qualquer irregularidade e apontou que “essas acusações decorrem de trechos dos diários pessoais do Embaixador Bolton ao longo de seus 45 anos de carreira – registros que não são confidenciais, compartilhados apenas com sua família imediata e conhecidos pelo FBI desde 2021”.

“Como muitos funcionários públicos ao longo da história, o Embaixador Bolton manteve diários – isso não é crime”, concluiu Lowell.

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Entenda as acusações

Nos documentos judiciais, a acusação alegou que “BOLTON fazia anotações detalhadas documentando suas reuniões, atividades e briefings diários” e “escrevia essas anotações à mão em blocos amarelos ao longo do dia no complexo da Casa Branca ou em outros locais seguros, e depois as reescrevia em um documento de processamento de texto”.

“As notas que BOLTON enviou aos Indivíduos 1 e 2 usando suas contas de e-mail pessoais não governamentais e contas de mensagens descreviam em detalhes as atividades diárias de BOLTON como Conselheiro de Segurança Nacional. Frequentemente, as notas de BOLTON descreviam o ambiente ou ambiente seguro em que ele tomava conhecimento das informações confidenciais e de defesa nacional que ele registrava em suas notas”, acrescentou.

Além disso, Bolton teria usado contas de e-mail pessoais e um bate-papo em grupo, durante e depois de deixar o cargo, para compartilhar notas e entradas de diário que continham informações confidenciais com duas pessoas, ambas sem autorizações de segurança.

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“Por volta de 24 de setembro de 2019, quatorze dias depois de não ser mais empregado como Conselheiro de Segurança Nacional, BOLTON saiu do grupo de bate-papo com os Indivíduos 1 e 2, que ele havia usado para enviar a eles mais de mil páginas de notas em memória de seu tempo como Conselheiro de Segurança Nacional”, disse o documento.

+ FBI conduz buscas em casa de desafeto de Trump: ‘Ninguém está acima da lei’

Brigas internas

Em agosto, o FBI conduziu buscas na casa de Bolton em Maryland no âmbito dessa investigação. No X, antigo Twitter, o diretor do FBI, Kash Patel, publicou uma publicação enigmática, em um suposto recado ao opositor de Trump, na ocasião: “NINGUÉM está acima da lei… Agentes do FBI em missão”, escreveu ele. Patel foi seguido por seu vice, Dan Bongino, que afirmou também na rede social que “a corrupção pública não será tolerada”, sem oferecer mais detalhes.

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Bolton foi o terceiro conselheiro de Segurança Nacional no primeiro mandato de Trump. Mas logo os dois entraram em atrito por questões relacionadas ao Irã, Afeganistão e Coreia do Norte. Ele permaneceu no cargo por apenas 17 meses, entre 2018 e 2019. Um ano mais tarde, Bolton lançou o livro The Room Where It Happened: A White House Memoir, um livro de memórias sobre o seu tempo no governo Trump. Na época, o republicano tentou, sem sucesso, impedir a publicação da obra por supostamente ter informações confidenciais.

A sinopse define o livro como “o relato mais abrangente e substancial da Administração Trump, e um dos poucos até à data escrito por um alto funcionário”, acrescentando em tom crítico: “O que Bolton viu deixou-o atónito: um Presidente para quem a reeleição era a única coisa que importava, mesmo que isso significasse pôr em perigo ou enfraquecer a nação”.  Ao retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump revogou as autorizações de segurança de mais de quatro dúzias de ex-oficiais de inteligência, incluindo Bolton.

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