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Mali revisa de 95 para 35 o total de mortos em massacre

Governador de região atingida foi demitido por erro; ele diz que se baseou pelo número de membros de cada família, presumindo que todos haviam morrido

Por AFP 13 jun 2019, 01h21
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  • Um massacre em um vilarejo no centro de Mali no domingo 9 deixou 35 mortos, incluindo 24 crianças, de acordo com um balanço oficial divulgado nesta quarta-feira 12, revisando uma estimativa inicial de 95 mortes.

    Por conta da ação, a administração federal demitiu o governador da região de Mopti, onde ocorreu o massacre, e decretou três dias de luto nacional a partir da quinta-feira.

    Segundo o governo, em um breve comunicado, seis pessoas foram detidas em “controles de rotina” – dois deles realizados por membros da Missão da ONU no Mali (Minusma).

    O governo havia anunciado na segunda-feira um “balanço provisório” de 95 mortos e 19 desaparecidos na aldeia de Sobane Da.

    À noite, porém, o governador da região de Mopti, que foi ao local com uma equipe da Defesa Civil, anunciou um saldo de “11 adultos e 24 crianças” assassinados, todos enterrados no mesmo dia.

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    O governador atribuiu a diferença entre os dois balanços às informações dadas pelos habitantes com base no número de membros de cada família, presumindo que todos haviam morrido.

    Após uma missão de investigadores na terça-feira, o mesmo dia da visita do primeiro-ministro Boubou Cissé, “o número de pessoas mortas passou de 95 para 35 (11 adultos e 24 crianças)”, segundo a declaração do governo.

    Embora a autoria deste ataque não tenha sido reivindicada, vários moradores da aldeia disseram à AFP que os ataques teriam sido cometidos por membros da etnia peul. Eles chegaram de localidades vizinhas e pertenceriam a grupos jihadistas.

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    O massacre ocorreu menos de três semanas depois de quase 160 membros da etnia peul terem sido massacrados na aldeia de Ogosagu por um grupo identificado como dogom.

    Desde o surgimento, em 2015, no centro do Mali, do grupo extremista islâmico de Amadou Koufa, recrutando prioritariamente pessoas da etnia peul – tradicionalmente criadores de animais -, os confrontos aumentaram entre esta comunidade e as etnias bambara e dogom. Estes últimos são praticantes da agricultura, que criaram seus próprios “grupos de autodefesa”.

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