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Manifestantes pró-Palestina e pró-Israel entram em confronto na Califórnia

Em Columbia, em Nova York, imagens de TV mostraram policiais de unidade de choque, equipados com cassetetes, dispersando manifestantes

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 14h06 - Publicado em 1 Maio 2024, 09h37

Manifestantes pró-Palestina e um grupo de contra-manifestantes pró-Israel entraram em confronto na madrugada desta quarta-feira, 1, no campus da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles. Ao menos três campi foram alvo de ações policiais nas últimas horas, incluindo ordens para desocupar acampamentos, como Columbia, em Nova York, onde imagens de TV mostraram um grupo de agentes de uma unidade de choque, equipados com cassetetes, entrando na universidade para dispersar manifestantes.

Em Los Angeles, os grupos entraram em confronto na madrugada após a reitoria da universidade declarar o acampamento dos manifestantes pró-Palestina como uma ocupação ilegal. Tapumes e grades que cercavam o acampamento foram usados em agressões, assim como fogos de artifício e gás de pimenta.

Uma editora do jornal estudantil da UCLA, o Daily Bruin, disse à CNN que ouviu relatos de canos, Tasers e spray de pimenta sendo usados no confronto violento.

“A atividade de contra-manifestantes aqui na UCLA tem sido constante ao longo dos dias em que o campo existe”, disse Anna Dai-Liu, editora do jornal da UCLA, o Daily Bruin, à CNN.

Em Nova York, oficiais do Departamento de Polícia prenderam cerca de 230 pessoas na Universidade de Columbia na terça-feira, depois que a polícia com equipamento anti-motim invadiu um prédio no campus onde manifestantes pró-Palestina se barricaram.

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Na segunda-feira, a presidente da Universidade da Columbia, Nemat Minouche Shafik, afirmou que as negociações para o desmantelamento do acampamento dos manifestantes pró-Palestina no campus universitário fracassaram. Uma carta da direção enviada de manhã pedia que os estudantes dispersassem voluntariamente, caso contrário enfrentariam uma suspensão da universidade. No entanto, segundo Shafik, a conversa entre os organizadores estudantis e líderes acadêmicos não quebrou o impasse sobre os protestos contra a guerra de Israel e Hamas.

Ao longo do mês, a universidade precisou enfrentar diversos protestos de estudantes, professores e até pessoas de fora do campus, convocando a polícia em algumas destas manifestações. Além disso, mais de 40 campi universitários seguiram os passos da Columbia e também instalaram acampamentos pró-Palestina. A união pacífica estudantes reivindica um cessar-fogo no conflito e o fim da morte de civis na Faixa de Gaza, onde mais de 34 mil palestinos morreram desde o início operação militar.

Neste fim de semana, várias universidades dos Estados Unidos continuaram com as manifestações, o que resultou em mais prisões em todos o país e briga de interesses entre universitários pró-Israel e pró-Palestina na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) neste domingo.

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Grupos de direitos civis também criticaram a violência civil no campus da Universidade Emory, em Atlanta, e na Universidade do Texas, em Austin, onde agentes atingiram estudantes com tasers. Em Atlanta, a presidente do Departamento de Filosofia, Noelle McAffe, foi algemada e levada sob custódia.

A revolta também já tomou conta de universitários fora dos EUA. Estudantes da Universidade McGill, em Montreal, montaram cerca de 20 acampamentos de protesto pró-Palestina no sábado, exigindo que a universidade se desfizesse de empresas com ligações com Israel. Na segunda, o número já havia triplicado. Já em Paris, na França, dias depois dos protestos de estudantes da escola de elite Sciences Po, diversos alunos foram forçados pela polícia a saírem do acampamento montado no pátio da Universidade Sorbonne.

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