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May levará acordo sobre Brexit novamente ao Parlamento no início de junho

Membros do partido da premiê já prometeram rejeitar o pacto, assim como a oposição

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h47 - Publicado em 15 Maio 2019, 10h12
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  • A primeira-ministra britânica, Theresa May, levará o seu acordo sobre o Brexit, já derrotado três vezes pelo Parlamento, para que ele seja reavaliado pelos legisladores na primeira semana de junho. Membros rebeldes do partido da premiê, contudo, já afirmaram que votarão contra o pacto.

    Segundo o porta-voz de May, o acordo deve ser levado ao plenário na semana do dia 3 de junho. Esta será a quarta vez em que o texto será votado pelo Parlamento, após muitas crises com a oposição e com o próprio Partido Conservador.

    Os detalhes do cronograma legislativo foram publicados depois que May se encontrou com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, para discutir o impasse das negociações que já duram sete semanas.

    Na reunião, a primeira-ministra deixou clara a “determinação do governo para concluir as negociações e cumprir o resultado do referendo, deixando a UE”, disse seu porta-voz.

    Corbyn, contudo, expressou sua preocupação sobre a capacidade de May em conseguir qualquer tipo de concessão no seu acordo atual. Apoiadores do Brexit do dividido Partido Conservador também disseram que o pacto está morto.

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    “Conversei com colegas, alguns dos quais votaram a favor da última vez, e eles acham que o acordo está morto e votarão contra desta vez”, disse Peter Bone, parlamentar conservador e defensor destacado da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), à Talk Radio.

    “Sei que eles não votariam a favor. Parece absurdo reapresentá-lo. É sempre a mesma coisa “.

    May, que conquistou a liderança conservadora e o cargo de premiê no caos que se seguiu ao referendo do Brexit de 2016, já está sendo pressionada por seus próprios parlamentares para marcar uma data para renunciar.

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    Uma derrota na votação de junho provavelmente significaria o fim de seu acordo de separação e de seu governo.

    Defensores do Brexit temem que o pacto de May deixe o Reino Unido preso à órbita da UE durante anos e que acabe atraindo a província britânica da Irlanda do Norte para o bloco.

    Quase três anos depois de o Reino Unido decidir sua saída da UE por 52% a 48% dos votos, ainda não existe consenso entre os políticos britânicos sobre quando, como ou mesmo se a separação deveria ocorrer.

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    Antes da última derrota da proposta de May, pelo placar de 344 a 286, em 29 de março, ela havia prometido renunciar em caso de aprovação do acordo — que havia sido rejeitado primeiro em janeiro e de novo em meados de março.

    “Se a primeira-ministra trouxer o Projeto de Lei de Retirada aos (Câmara dos) Comuns para uma votação, a pergunta será ‘o que mudou?'”, disse Nigel Dodds, líder parlamentar do Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte, que sustenta o governo de minoria de May.

    O Brexit deveria ter acontecido em 29 de março. A UE concordou, entretanto, em estender o prazo de saída até 31 de outubro, mas já se discute no Reino Unido o pedido de uma nova prorrogação.

    (Com Reuters)

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