May nomeia político favorável a ruptura radical para conduzir o Brexit
Dominic Raab deve assumir o cargo de David Davis, que renunciou no domingo por discordar da estratégia de Thereza May
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nomeou nesta segunda-feira (9) Dominic Raab como novo ministro para a questão da saída da Nação da União Europeia, o chamado Brexit. David Davis renunciara ao cargo ontem (8) por discordar do plano de futura relação bilateral britânica-comunitária anunciado na sexta-feira (6) pelo governo May
Raab era o ministro de Habitação desde janeiro deste ano e, anteriormente, conduziu a pasta da Justiça. , até então secretário de Estado em diferentes ministérios, liderará as negociações com Bruxelas sobre a saída do Reino Unido da (UE). O político de 44 anos faz parte do grupo favorável a um Brexit com ruptura total.
Nascido em 25 de fevereiro de 1974, o advogado Raab conquistou uma cadeira na Câmara dos Comuns nas eleições de 2010. Depois, ocupou secretarias de Estado no Ministério de Justiça e, desde janeiro de 2018, no de Habitação, Comunidades e Governo local.
Embora não seja muito conhecido, o que pode favorecê-lo no novo cargo, ele se posicionou a favor de um Brexit radical e contra a imigração.
A renúncia de Davis abriu uma crise no governo britânico, e vários deputados conservadores, assim como a oposição trabalhista, pediram a renúncia da primeira-ministra, Theresa May.
A líder conservadora está neste momento se defendendo na Câmara dos Comuns e, mais tarde, diante de seu partido, o Conservador e Unionista (Tory) para expor seus planos de futura relação entre Londres e o bloco europeu. Este plano não foi ainda enviado oficialmente a Bruxelas.
A nova proposta de relação bilateral britânica-comunitária, estipulada “na última hora” pelo gabinete de May na sexta-feira, contempla a criação de um mercado comum de bens, com certa harmonização legislativa e aduaneira, o que foi muito criticado pelos deputados conservadores partidários de um Brexit radical.
May planeja enviar o plano na próxima quinta-feira à UE, junto com outros detalhes da postura britânica sobre a futura relação com o bloco europeu. Essas regras, se aprovadas, seriam aplicadas ao término do período de transição de 21 meses posteriores ao Brexit, previsto para 29 de março de 2019.
(Com EFE e Estadão Conteúdo)