A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, reorganizou parte de seu gabinete nesta segunda-feira em uma tentativa de fortalecer seu governo antes de mais uma fase de negociações do Brexit.
As principais mudanças estão relacionadas à cúpula do Partido Conservador. May nomeou o parlamentar e ministro da Imigração Brandon Lewis como novo presidente do partido e seu secretário parlamentar, James Cleverly, como vice-presidente.
Como se esperava, a líder conservadora manteve em seus postos os ministros Philip Hammond, que continua à frente da Economia; Amber Rudd, que segue como titular de Interior, e Boris Johnson, no Ministério de Relações Exteriores.
Em sua conta no Twitter, a chefe do governo britânico informou que David Lidington, antigo secretário de Estado para a Europa e ex-líder na Câmara dos Comuns, será chanceler do ducado de Lancaster, com categoria ministerial, assim como secretário de Estado para Escritório do Gabinete.
Lidington substitui neste segundo cargo Damian Green, homem de confiança de May, que pediu demissão em novembro do ano passado após um escândalo pela descoberta de material pornográfico em seu computador do Parlamento, em 2008.
A nova secretária para a Irlanda do Norte será Karen Bradley, antiga secretária da Cultura. Matt Hancock, que antes controlava a área digital do ministério da Cultura agora assume o posto de Bradley.
Segundo a imprensa britânica, não está previsto que a primeira-ministra nomeie alguém para o posto de primeiro-secretário de Estado, antes também ocupado por Damian Green, e que equivalia ao posto de vice-primeiro-ministro.
Essa é a reformulação de governo mais significativa realizada por May desde que chegou ao poder em julho de 2016, ainda que tenha mantido os titulares das pastas mais estratégicas.
A remodelação, destinada a revitalizar o Executivo após vários meses de escândalos e desavenças internas, acontece antes do começo da segunda rodada de negociações com Bruxelas, que se centrará na futura relação comercial e de segurança entre o Reino Unido e o bloco europeu.
(Com EFE)