Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

May se aproxima de aliança com partido norte-irlandês

A líder do Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte afirmou que as negociações com a primeira-ministra britânica estão indo bem

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h29 - Publicado em 13 jun 2017, 17h05

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está perto de fechar um acordo com o Partido Democrático Unionista (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte. A premiê se encontrou nesta terça-feira com a líder da legenda, Arlene Foster, para discutir a aliança que dará aos conservadores um governo de maioria após o fracassado resultado das urnas da semana passada.

“As discussões com o governo estão indo bem”, disse Foster no Twitter. “Esperamos poder levar este trabalho a uma conclusão bem-sucedida em breve.”

https://twitter.com/DUPleader/status/874618253028589568

A premiê britânica apostou em uma eleição antecipada na tentativa de alargar a base aliada no Parlamento e fortalecer seu governo para as negociações sobre o Brexit, mas os eleitores britânicos reduziram o número de cadeiras dos “tories”, retirando deles a capacidade de governarem sozinhos o país.

A aliança com o partido protestante liderado por Foster, no entanto, cria o risco de desestabilizar o equilíbrio político na Irlanda do Norte. O acordo arrisca complicar a frágil paz no país, onde os governos britânico e irlandês agem como mediadores imparciais entre os grupos católicos e protestantes. O ex-premiê britânico John Major disse temer que um pacto com o DUP ressuscite a violência na província quase duas décadas

O acordo também deve ter impactos significativos sobre o Brexit, elevando a possibilidade de que May tenha que perseguir um acordo menos duro com União Europeia do que o defendido antes da eleição, quando prometeu a saída do livre mercado e do princípio de livre circulação na região.

Continua após a publicidade

O DUP, que recebeu dez assentos nesta eleição, é um partido socialmente conservador que apoia a separação da União Europeia mas deseja manter uma fronteira “sem fricção” com a República da Irlanda após o processo. O partido também defende outros temas que vão de encontro com as pretensões conservadoras de May, como o fim dos cortes nos serviços públicos.

Discurso da rainha

Estava previsto que a rainha Elizabeth II abriria de maneira formal a nova legislatura na próxima segunda-feira, com a leitura do programa do governo de May. No entanto, como a primeira-ministra ainda não garantiu apoio necessário, o discurso deve ser adiado.

“Coalizão do caos”

Em seu primeiro discurso na Câmara dos Comuns após o revés sofrido nas urnas, May pediu, nesta terça-feira, que os deputados tenham espírito de unidade nacional.

“Em um momento no qual enfrentamos desafios complicados, vamos nos manter lado a lado no espírito de unidade nacional para que nosso país continue seguro e para construir um futuro mais sólido, mais justo e mais próspero para todos”, afirmou.

Continua após a publicidade

A primeira-ministra alertou que há partes do Reino Unido que seguem divididas após o pleito e que o “dever político” compartilhado pelos parlamentares é colaborar para “superar essas divisões”.

O líder da oposição, Jeremy Corbyn, questionou a capacidade de May oferecer ao país uma liderança “forte e estável”, como prometeu na campanha eleitoral. “É obrigatório nessas ocasiões parabenizar a primeira-ministra que retorna à Câmara dos Comuns e assim o faço”, disse Corbyn. No entanto, o líder trabalhista alertou que o pacto que May negocia com os unionistas da Irlanda do Norte ameaça criar uma “coalizão do caos”.

May discursou depois de o conservador John Bercow ter sido reeleito sem oposição como presidente da Câmara dos Comuns pela terceira vez consecutiva. Os parlamentares permaneceram em silêncio quando o deputado “tory” Ken Clarke, o mais velho do Legislativo, questionou em voz alta se alguém se opunha à nomeação.

“Parece que estamos destinados a atravessar tempos que nos colocam à prova, e eu me ofereço como um presidente da Câmara dos Comuns já testado”, indicou Bercow, que ocupa o posto desde 2009.

Continua após a publicidade

A posição unânime, no entanto, foi contestada há poucos meses, quando diversos deputados conservadores iniciaram um processo para submeter Bercow a uma moção de confiança por sua postura em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O presidente da Câmara dos Comuns se opôs a um discurso de Trump no Palácio de Westminster – sede do parlamento – em uma futura visita do republicano ao Reino Unido.

(com Reuters e EFE)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.