Israel reforçou nesta segunda-feira, 12, as medidas de segurança perto da Faixa de Gaza, após uma nova escalada de violência no domingo que causou a morte de sete milicianos palestinos e um soldado israelense.
“O Exército israelense reforçou suas tropas no Comando Sul e está preparado para operar com força se for necessário”, indica um comunicado das forças de Israel.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que estava em Paris por ocasião da comemoração do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, retornou no domingo durante a noite de urgência para avaliar a situação.
“Não vou retroceder ante uma guerra necessária, mas quero evitá-la se não for indispensável”, disse.
O Ministro de Defesa, Avigdor Lieberman, realizou esta manhã uma avaliação adicional da situação de segurança na principal base do Exército em Tel Aviv com o chefe do Estado Maior israelense, Gadi Eisenkot, o chefe da Inteligência Militar e o da Polícia Militar.
Além disso, devido à situação atual, as escolas das comunidades israelenses próximas a Gaza não abriram hoje e a linha do trem que circula entre as cidades de Ashkelon e Sderot permanece fechada.
Violência
Um soldado israelense e sete palestinos morreram no domingo em uma troca de tiros durante uma operação militar do Estado hebreu na Faixa de Gaza.
As brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, anunciou que a operação foi protagonizada pelas forças especiais israelenses, que tentaram entrar a partir do leste de Khan Yunis, ao sul do território, em um veículo civil.
Depois da troca de tiros, o exército israelense afirmou ter identificado 17 disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza contra Israel. Três projéteis foram interceptados pela defesa antimísseis.
O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al Qodra, informou que sete palestinos morreram nos confrontos. Entre os mortos está um comandante local das brigadas Ezzedin al-Qassam, identificado como Nur Baraka.
O Hamas, movimento islamita que controla Gaza, denunciou um “ataque covarde israelense”.
A escala da violência aconteceu em um momento de aparente estabilidade da situação em Gaza, depois de meses de confrontos mortais entre palestinos e soldados israelenses perto da barreira de segurança que separa o território palestino de Israel.
Ao menos 228 palestinos, incluindo os sete de domingo, morreram desde 30 de março vítimas de tiros israelenses. As mortes ocorreram principalmente durante as manifestações contra o bloqueio do território por Israel, mas também em ataques israelenses em resposta aos lançamentos de foguetes.
Dois soldados israelenses morreram no mesmo período, incluindo a vítima de domingo.
A violência provoca o temor de uma nova guerra em Gaza, que seria a quarta desde 2008 em um território no qual 2 milhões de pessoas vivem entre os bloqueios de Israel e do Egito, a pobreza e a escassez.
(Com EFE e AFP)