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Meghan Markle ganha ação contra tabloide por violação de privacidade

Caso envolve carta publicada sem autorização que havia sido enviada pela duquesa de Sussex ao pai, Thomas

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2021, 18h59 - Publicado em 11 fev 2021, 17h50

A duquesa de Sussex, Meghan Markle, venceu nesta quinta-feira, 11, uma ação no Reino Unido contra a empresa editora do Mail on Sunday, jornal sensacionalista que ela havia denunciado por invasão de privacidade, após publicação de uma carta que a esposa do príncipe Harry escrevera ao seu pai.  

Depois de uma batalha na Justiça que já durava dois anos, o juiz Mark Warby, da Alta Corte de Londres, decidiu que Meghan, de 39 anos, “tinha uma expectativa razoável de que o conteúdo da carta permaneceria no âmbito privado e os artigos do Mail on Sunday interferiram nessa expectativa”, afirmou.  

A ação foi movida após a publicação de trechos da carta enviada a seu pai, o polêmico Thomas Markle, de 76 anos. O texto foi escrito em 2018, logo após o seu casamento com o príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II. Na carta, a duquesa pedia para que seu pai parasse de falar com a imprensa e deixasse de fazer falsas alegações sobre ela em entrevistas.  

“Para estas publicações é um jogo. Para mim e muitos outros, é a verdadeira vida, verdadeiras relações e uma verdadeira tristeza. Os danos que causaram e continuam a causar são profundos. Você não pode pegar a vida privada de alguém e explorá-la de uma forma vergonhosa por dois anos”, reagiu Meghan. 

Tentando evitar um processo altamente midiático — algo que os tabloides querem —, os advogados de Meghan pediram ao magistrado que emitisse uma “sentença sumária”, um procedimento que na lei anglo-saxônica permite que um caso seja resolvido sem julgamento. Warby considerou, no entanto, que deveria haver um julgamento limitado às questões relacionadas à propriedade dos direitos autorais, uma das acusações apresentadas pela duquesa, e marcou uma nova audiência para 2 de março, de modo que a vitória ainda não está completa.

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Os advogados da Associated Newspapers argumentaram que as testemunhas precisam ser chamadas para esclarecer se a duquesa planejou que a carta se tornasse pública, como parte de uma estratégia midiática. A organização sugeriu ainda que ex-membros da equipe de comunicação do casal pudessem testemunhar, tornando públicos detalhes possivelmente comprometedores sobre as vidas do príncipe e de sua esposa. 

Os advogados de Meghan negaram que ela pretendesse tornar a carta pública a qualquer momento, ou que tenha colaborado com os autores da biografia “Finding Freedom“, que narra o afastamento dramático do casal frente a monarquia britânica, e que também continha trechos parciais da carta. 

Meghan e Harry deixaram suas funções reais em março do ano passado e agora vivem na Califórnia. Eles iniciaram uma série de ações legais contra a mídia alegando invasão de privacidade, mencionando as fotos de seu filho, Archie, tiradas pelos paparazzi. Isso gerou críticas, já que o casal está lançando projetos de grande repercussão pública, como um podcast do Spotify no qual seu filho fez uma breve aparição.  

O príncipe Harry aceitou, no início do mês de fevereiro, uma indenização do mesmo jornal, que o havia acusado de desprezar o Exército depois de abandonar suas responsabilidades como membro da família real. Harry entrou com um processo por difamação em relação a dois artigos “quase idênticos” publicados em outubro, alegando que ele “não mantinha contato” com os militares desde março. Os fundos irão para a Invictus Games Foundation, criada por ele para ajudar ex-militares deficientes, conforme anunciado por sua advogada Jenny Afia. 

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