Melania Trump não planeja se mudar para a Casa Branca em tempo integral no segundo mandato de seu marido, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contrariando mais uma vez o protocolo das primeiras-damas americanas, disseram fontes à emissora americana CNN, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira, 13.
Espera-se que Melania passe a maior parte dos próximos quatro anos entre Nova York e Palm Beach, na Flórida, segundo as fontes. Ela deve aparecer em eventos oficiais de maior relevância, mas sem a dedicação integral esperada para o papel de primeira-dama.
“Não estou ansiosa porque desta vez é diferente. Tenho muito mais experiência e muito mais conhecimento. Eu já estive na Casa Branca antes. Quando você entra, sabe exatamente o que esperar”, disse Melania em entrevista à Fox News enquanto promovia seu novo livro de memórias.
Melania vem passando mais tempo em Nova York desde que seu filho Barron Trump, de 18 anos, começou a estudar na New York University e deve manter suas estadias na Trump Tower para ficar perto do filho. No domingo, ela foi vista retornando com ele de Palm Beach para a cidade, a bordo do avião particular do presidente eleito.
Longe dos holofotes
Desde que deixou a Casa Branca, em 2021, Melania tem evitado a vida pública e não escondeu seu desinteresse em voltar ao centro das atenções.
Uma de suas primeiras decisões após a vitória de Trump foi a de não comparecer à tradicional reunião com a primeira-dama Jill Biden na Casa Branca, que serve como uma passagem de bastão simbólica entre as administrações, de acordo com fontes familiarizadas com sua agenda.
Nas primeiras corridas eleitorais de Trump, Melania se mostrou mais ativa na campanha do marido. Desta vez, no entanto, ela se manteve em grande parte ausente, comparecendo apenas ao anúncio da candidatura de Trump à reeleição, a um comício em outubro no Madison Square Garden, onde fez breves comentários, e à festa da noite da eleição em West Palm Beach.
Enquanto seu marido enfrentava uma série de complicações legais durante sua campanha eleitoral, Melania se manteve longe dos tribunais e aparecia apenas em suas redes sociais para promover joias de edição limitada e enfeites de Natal.
No mês passado, Melania ergueu uma bandeira inesperada no seu novo livro de memórias homônimo: a defesa dos direitos reprodutivos das mulheres, incluindo o acesso ao aborto.
“É fundamental garantir que as mulheres tenham autonomia para decidir sua preferência de ter filhos, com base em suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do governo”, escreveu ela em seu livro. Trump, segundo ela, sabia de sua posição sobre o assunto “desde que nos conhecemos” e “não ficou nem um pouco surpreso”.