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APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

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Meloni fala de evolução da direita enquanto clama vitória na Itália

Com quase todas as urnas apuradas, a coalizão de extrema-direita liderada por Giorgia Meloni ganhou pelo menos 44% dos votos

Por Da Redação
26 set 2022, 09h35
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  • ROME, ITALY - SEPTEMBER 26: Giorgia Meloni, leader of the Fratelli d'Italia (Brothers of Italy) reacts during a press conference at the party electoral headquarters overnight, on September 26, 2022 in Rome, Italy. The snap election was triggered by the resignation of Prime Minister Mario Draghi in July, following the collapse of his big-tent coalition of leftist, right-wing and centrist parties. (Photo by Antonio Masiello/Getty Images)
    'Este é um ponto de partida, não uma linha de chegada', disse Meloni a apoiadores - 26/09/2022 (Antonio Masiello/Getty Images)

    A líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, reivindicou a vitória na eleição geral que, ao que tudo indica, fará com que ela se torne a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra da Itália. Além disso, seu governo é o de mais extrema-direita desde a era fascista de Benito Mussolini.

    Em um discurso na manhã desta segunda-feira, 26, Meloni disse que foi “uma noite de orgulho para muitos e uma noite de redenção”.

    “É uma vitória que quero dedicar a todos que não estão mais conosco e queriam esta noite”, disse ela. “Este é um ponto de partida, não uma linha de chegada. A partir de amanhã, temos que mostrar nosso valor. Os italianos nos escolheram e não vamos traí-los, como nunca traímos.”

    Ela pontuou que sua vitória representa uma evolução da direita italiana, enquanto os críticos avaliam que é um vestígio do antigo “Movimento Social Italiano” (MSI), que usava o mesmo símbolo.

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    O Irmãos da Itália tem suas raízes no pós-fascista MSI, considerado um pária político pelo mainstream do país até ser dissolvido, em meados da década de 1990.

    Os resultados preliminares do pleito indicam que a aliança de partidos de extrema-direita, liderada pelo ultraconservador partido Irmãos da Itália, de Meloni, conquistou pelo menos 44% dos votos, segundo o Ministério do Interior italiano.

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    Com quase todos os votos apurados, o partido Irmãos da Itália ganhou pelo menos 26%. Os parceiros de coalizão Liga, liderado por Matteo Salvini, levou cerca de 9%, e Força Itália, de Silvio Berlusconi, mais de 8%. Os resultados finais são esperados para esta segunda-feira, mas deve levar semanas até que um novo governo seja formado.

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    A eleição antecipada foi desencadeada pela renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi em julho, após o colapso de sua coalizão de partidos de esquerda, direita e centristas.

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    Meloni entrou na cena política italiana em 2006 e cofundou o Irmãos da Itália em 2012, um partido cuja agenda está enraizada no euroceticismo e políticas anti-imigração. Na última eleição, em 2018, o partido ganhou apenas 4,5% dos votos, mas sua popularidade disparou nos últimos anos, ressaltando a rejeição da Itália ao establishment político.

    Meloni difere dos líderes dos parceiros da coalizão na questão da Ucrânia. Enquanto Berlusconi e Salvini disseram que gostariam de rever as sanções contra a Rússia por causa de seu impacto na economia italiana, Meloni tem sido firme em seu apoio à defesa da Ucrânia.

    Uma mãe de 45 anos de Roma, Meloni é profundamente conservadora, abertamente anti-LGBT, e ameaçou revisar a legalidade do casamento gay, permitido na Itália desde 2016. Ela também chamou o aborto de “tragédia”, levantando temores sobre o futuro dos direitos das mulheres no país.

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    + UE faz censura velada à extrema-direita italiana, favorita nas eleições

    Os resultados preliminares mostraram que a coalizão de centro-esquerda, liderada pelo Partido Democrata de esquerda e pelo partido centrista +Europa, ganhou cerca de 22% dos votos, enquanto a tentativa do ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte de reviver o Movimento Cinco Estrelas fracassou, com apenas de 15% dos votos.

    Em um post no Facebook, Conte prometeu liderar uma “oposição intransigente”.

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    “Seremos o posto avançado da agenda progressista contra as desigualdades, para proteger famílias e empresas em dificuldade, para defender os direitos e valores da nossa Constituição.”

    Debora Serracchiani, do Partido Democrata, também admitiu a derrota na manhã de segunda-feira, chamando os resultados de uma “noite triste para o país”.

    Enquanto isso, partidos de extrema direita em outros países europeus também marcaram ganhos recentes, incluindo o partido anti-imigração da Suécia, o Democratas Sueco – com raízes neonazistas –, que ganhou a segunda maior parcela de assentos do parlamento em uma eleição geral no início deste mês. Na França, se a direitista Marine Le Pen perdeu a eleição presidencial francesa para Emmanuel Macron em abril, sua popularidade indica um deslocamento do centro político da França para a direita.

    Em um post nas suas redes sociais nesta segunda-feira, Meloni dedicou sua vitória projetada a “todos os militantes, gestores, apoiadores e todas as pessoas que – nestes anos – contribuíram para a realização do nosso sonho, oferecendo alma e coração de forma espontânea e abnegada”.

    “Não vamos trair sua confiança. Estamos prontos para levantar a Itália”, acrescentou.

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