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Membros do BTS vão prestar serviço militar na Coreia do Sul

Anúncio encerra longo debate sobre se grupo de K-pop deve obter isenção da obrigatoriedade do serviço militar no país

Por Da Redação
17 out 2022, 09h31

Os sete membros do BTS – uma das maiores bandas do mundo – vão prestar serviço militar em sua terra natal, a Coreia do Sul, anunciaram seus representantes nesta segunda-feira, 17, encerrando um longo debate sobre se o grupo de K-pop deveria receber uma isenção da obrigatoriedade do serviço.

Enquanto muitos fãs de K-pop esperavam que os membros da banda recebessem uma consideração especial devido à sua contribuição para a economia sul-coreana e prestígio internacional, cada um dos artistas servirá quase dois anos nas forças armadas sul-coreanas.

Jin, o membro mais velho do grupo, será o primeiro a trocar sua roupa de palco por um uniforme militar logo após completar 30 anos em dezembro, segundo relatos da mídia local. Os outros seis membros, nascidos entre 1993 e 1997, seguirão o exemplo.

+ O que há por trás da usina pop coreana, do sucesso BTS a ‘Round 6’

A banda deve voltar a se apresentar apenas por volta de 2025, de acordo com sua empresa de gestão, Big Hit Music.

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A Big Hit, parte da agência Hybe, que gerencia o BTS, disse nesta segunda-feira que os membros da banda estavam “avançando com os planos de cumprir seu serviço militar”, acrescentando que “como cada indivíduo está começando empreendimentos solo, é o momento perfeito e os membros do BTS estão honrados servir”.

“Jin iniciará o processo assim que sua agenda para seu lançamento solo for concluída no final de outubro”, acrescentou o comunicado. “Outros membros do grupo planejam cumprir seu serviço militar com base em seus próprios planos individuais.”

Todos os homens sul-coreanos aptos com menos de 30 anos devem servir nas forças armadas entre 18 e 21 meses – dever que visa manter a capacidade do país de se defender contra um possível ataque da Coreia do Norte, com a qual tecnicamente ainda está em guerra.

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Alguns sul-coreanos proeminentes receberam isenções ou foram autorizados a realizar serviços públicos alternativos, incluindo medalhistas dos Jogos Olímpicos e Jogos Asiáticos, bem como músicos e dançarinos clássicos premiados. Estão na lista Seong-jin Cho, o primeiro pianista coreano a vencer o Concurso Internacional de Piano Chopin, e o jogador de futebol do Tottenham, Son Heung-min, medalhista de ouro nos Jogos Asiáticos de 2018.

Alguns parlamentares sul-coreanos manifestaram apoio a uma isenção para o BTS, apesar das preocupações de que isso atrairia acusações de favoritismo, principalmente entre demais jovens que são obrigados a se alistarem.

Recusar-se a cumprir o serviço militar é crime na Coreia do Sul e pode levar à prisão. O ator e cantor Steve Yoo foi deportado e proibido de entrar no país depois de evitar o recrutamento ao se naturalizar cidadão americano em 2002, meses antes de ser convocado.

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+ K-pop, o grande novo inimigo da Coreia do Norte — segundo Kim Jong-un

No início deste mês, Lee Ki-sik, comissário da administração de mão de obra militar, disse aos parlamentares que seria “desejável” que os membros da banda realizassem seus deveres militares para garantir igualdade no serviço militar do país.

A decisão vem meses depois que o BTS anunciou que ia fazer uma pausa como grupo para se concentrar em carreiras solo.

A premiada banda vendeu mais de 30 milhões de álbuns em todo o mundo e recebeu duas indicações ao Grammy a caminho de chegar ao topo das paradas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

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