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Meninos tailandeses recebem mensagens de mergulhador e mineiro chileno

Principal temor é a forma como os garotos irão lidar com a fama e o trauma

Por Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h15 - Publicado em 12 jul 2018, 10h05
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  • Os dozes meninos e seu técnico resgatados de uma caverna na Tailândia se recuperam no hospital e já começaram a receber mensagens. O comandante da equipe de mergulho que ajudou no resgate do time Javali Selvagem aconselhou os meninos a aproveitarem a vida, enquanto um mineiro chileno que também ficou preso há oito anos orientou os garotos a terem cuidado com a fama.

    “Aproveitem ao máximo suas vidas. Sejam boas pessoas, sejam uma força do bem em seu país”, disse o contra-almirante Apakorn Yuukongkaew, comandante da unidade de elite da Marinha tailandesa, em mensagem aos meninos antes de embarcar em um avião deixando Chiang Rai.

    O ex-contramestre dos mineiros chilenos – presos em uma mina há oito anos –, Luis Urzúa, pediu que as crianças resgatadas permaneçam próximas de suas famílias e não se deixem levar por ofertas financeiras.

    Os 33 ex-mineiros foram o foco da mídia internacional há oito anos, quando foram resgatados após passarem 69 dias presos debaixo da terra na mina San José, no norte do Chile. Desde o resgate comandado por autoridades chilenas e especialistas internacionais, muitos dos mineiros passaram por crises de relacionamento, problemas psicológicos, dificuldades financeiras e desemprego, disseram membros do grupo.

    Urzúa descreveu sua própria experiência de ser levado a superfície, encontrando os holofotes da mídia, advogados oferecendo contratos de direitos autorais e políticos ansiosos para tirar proveito da situação. “Eles e suas famílias não terão a capacidade de lidar com esse tipo de coisa. Nós não conseguimos lidar e éramos adultos”, disse Urzúa, agora com 62 anos, que foi responsável por manter seus colegas unidos debaixo da terra.

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    Ele elogiou o cuidado das autoridades tailandesas na abordagem da situação. “Isso é importante para que essas crianças possam se reintegrar aos poucos em seus antigos ambientes, porque elas estarão muito traumatizadas e vulneráveis”, disse Urzúa na terça-feira (10).

    Ele disse que rezou todos os dias pelos meninos junto com sua família e pediu que eles contem suas histórias apenas quando estiverem prontos. “Espero que um dia, em alguns anos, eles sejam capazes de contar sua história porque, como a nossa, é uma história de fé e esperança”, disse.

    As primeiras imagens dos meninos internados em um hospital na cidade de Chiang Rai, no norte da Tailândia, foram divulgadas ontem, com alguns usando máscaras e trajes hospitalares e fazendo sinais de paz para a câmera.

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    Autoridades de saúde disseram que os meninos devem passar ao menos uma semana hospitalizados e cerca de 30 dias se recuperando em casa, após mais de duas semanas presos dentro do complexo de cavernas de Tham Luang.

    (Com Reuters)

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