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México ameaça processar Google por alteração de nome do Golfo do México proposta por Trump

A área geográfica tem origem histórica amplamente documentada, sendo reconhecida desde o início do século XVII em vários mapas internacionais

Por Redação
13 fev 2025, 17h21

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, ameaçou, nesta quinta-feira, 13, processar o Google pela alteração do nome do Golfo do México para “Golfo da América” nos mapas do aplicativo Maps para usuários nos Estados Unidos, após a empresa atender um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para renomear a região.

À imprensa mexicana, Sheinbaum anunciou que, se necessário, o México tomará medidas legais contra a gigante de tecnologia. A presidente criticou a forma como a mudança foi aplicada, destacando que o decreto de Trump se refere exclusivamente à plataforma continental dos Estados Unidos, e não ao Golfo do México em sua totalidade.

“Estamos em disputa com o Google no momento, e se for o caso, entraremos com uma ação civil”, disse. 

Ela revelou que o governo mexicano já havia enviado uma carta ao Google, por meio do Ministério das Relações Exteriores, solicitando a revisão da mudança, mas não obteve uma resposta satisfatória. A empresa manteve sua posição.

Em resposta a Trump, Sheinbaum sugeriu chamar os Estados Unidos de “América Mexicana”, apontando para um mapa que data de antes de 1848, quando um terço de seu país foi tomado pelos Estados Unidos.

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A área geográfica conhecida como “Golfo do México” tem uma origem histórica amplamente documentada, sendo reconhecida desde o início do século XVII em vários mapas internacionais. A presidente ressaltou ainda que essa nomenclatura foi aceita e usada pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, desde sua independência, em 1776.

Ao longo dos últimos dias, Sheinbaum já havia ponderado que mudanças nos nomes de hidrovias internacionais — o Golfo do México abrange México, EUA e Cuba — devem ser aprovadas por organizações internacionais, não por países unilateralmente.

A mudança foi determinada por Trump como parte de uma série de ações para modificar denominações geográficas que ele considerava inadequadas. Além do Golfo do México, o presidente republicano também assinou um decreto para renomear Denali, uma montanha no Alasca, devolvendo-lhe o nome de Monte McKinley, logo após assumir o cargo.

Em resposta ao decreto de Trump, Google e outras empresas de tecnologia, como a Apple, começaram a aplicar o novo nome “Golfo da América” nos mapas para usuários nos Estados Unidos. Para os mexicanos e em boa parte do resto do mundo, o nome original, “Golfo do México”, permanece inalterado.

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