Mianmar e Bangladesh chegam a acordo sobre refugiados rohingyas
Cidadãos birmaneses devem ser repatriados em um prazo de até dois anos
Por Da redação
16 jan 2018, 10h42
Refugiado Rohingya é fotografado ao amanhecer no campo de refugiados de Balukhali, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh - 26/12/2017 (Marko Djurica/Reuters)
Continua após publicidade
1/33 Cerca de 400 mil refugiados rohingya fugiram para Bangladesh desde o final de agosto durante o surto de violência no estado de Rakhine, em Mianmar - 26 /09/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
2/33 Hamida, refugiada rohingya chora enquanto segura seu filho de 40 dias, que morreu depois do naufrágio de um barco, em Teknaf, Bangladesh - 14/09/2017 (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)
3/33 Homem rohingya toma banho ao lado de fora de seu abrigo, em um campo de refugiados em Bangladesh - 13/09/2017 (Danish Siddiqui/Reuters)
4/33 Refugiados Rohingya recebem pedaços de bambu para fazer uma cabana no campo de refugiados Balukhali em Cox's Bazar, Bangladesh - 11/10/2017 (Zohra Bensemra/Reuters)
5/33 Refugiada rohingya chora com seu filho nos braços ao chegar em Bangladesh - 12/09/2017 (Dan Kitwood/Getty Images)
6/33 Um refugiado rohingya é fotografado deitado em seu abrigo no acampamento de Kutupalong, no Bangladesh - 20/10/2017 (Zohra Bensemra/Reuters)
7/33 Nasir Ahmed, um refugiado Rohingya chora quando segura seu filho de 40 dias, que morreu quando um barco virou na margem de Shah Porir Dwip enquanto atravessava a fronteira de Myanmar para Bangladesh, em Teknaf - 14/09/2017 (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)
8/33 O fotógrafo Cathal McNaughton capta o olhar de um refugiado rohingya no acampamento Cox's bazar, em Bangladesh, enquanto espera receber ajuda - 27/09/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
9/33 Um garoto rohingya é fotografado andando na chuva pelo acampamento de refugiados Cox' Bazar, em Bangladesh - 20/09/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
10/33 Refugiados rohingyas recém chegados à Bangladesh aguardam para serem levados até o acampamento Cox's Bazar, onde se encontram outros milhares de muçulmanos - 02/10/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
11/33 Um menino rohingya é visto se banhando no campo de refugiados Cox's Bazar, em Bangladesh - 21/09/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
12/33 Um garoto rohingya é visto empinando pipa no acampamento de refugiados em Cox's Bazar, no Bangladesh - 10/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
13/33 Uma refugiada rohingya chega exausta a Bangladesh após fugir de barco de Myanmar - 11/09/2017 (Danish Siddiqui/Reuters)
14/33 A idosa Boduuzzol Kharun, 97, é carregada por membros da sua família depois de atravessar a fronteira Bangladesh-Mianmar, em Teknaf, Bangladesh - 25/10/2017 (Adnan Abidi/Reuters)
15/33 Jayed Ullah, uma menina refugiada rohingya, de seis meses, é carregada por sua mãe, no campo de refugiados de Palong Khali, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh - 30/10/2017 (Hannah McKay/Reuters)
16/33 Um menino refugiado Rohingya, que atravessou a fronteira de Myanmar esta semana, se refugia na Escola Primária de Long Beach, no campo de refugiados de Kutupalong, perto de Cox's Bazar, Bangladesh - 23/10/2017 (Hannah McKay/Reuters)
17/33 Crianças rohingyas refugiadas brincam nas águas de um pequeno riacho que passa pelo campo de Kutupalong, em Cox's Bazar, no Bangladesh - 06/10/2017 (Paula Bronstein/Getty Images)
18/33 Os refugiados Rohingya fazem filas para receber ajuda humanitária no campo de refugiados de Kutupalong, em Cox's Bazar, no Bangladesh - 20/10/2017 (Zohra Bensemra/Reuters)
19/33 Chegada de 15.000 refugiados rohingyas em Bangladesh (Reprodução/Youtube)
20/33 Jovens muçulmanos rohingyas ficam atrás de uma barricada de bambu para coletar comida cozida no campo de refugiados de Thankhali, no distrito de Ukhia, em Bangladesh - 10/11/2017 (Dibyangshu Sarkar/AFP)
21/33 Um grupo de refugiados rohingyas sentados em jangadas são interrogados pelo Guarda das fronteiras de Bangladesh logo após cruzarem a fronteira com Myanmar - 09/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
22/33 Refugiados rohingyas recém chegados à Bangladesh aguardam para serem levados até o acampamento Cox's Bazar, onde se encontram outros milhares de muçulmanos - 02/10/2017 (Cathal McNaughton/Reuters)
23/33 Refugiados rohingya atravessam em uma jangada improvisada pelo Rio Naf para chegar a Bangladesh, onde se abrigarão no acampamento para refugiados de Cox's Bazar - 13/11/2017 (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)
24/33 Menino refugiado Rohingya joga bola com seus amigos no campo de refugiados de Palong Khali, perto de Cox's Bazar, Bangladesh - 14/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
25/33 Um garoto refugiado rohingya corta os cabelos de maneira improvisada no acampamento de Cox's Bazar, no Bangladesh - 15/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
26/33 Crianças rohingya são fotografadas no campo de refugiados de Moynerghona, no distrito de Ukhia , em Bangladesh - 30/10/2017 (Tauseef MUSTAFA/AFP)
27/33 Mulher caminha com uma criança no colo no campo de refugiados de Balukhali, no distrito bengali de Ukhia - 23/11/2017 (Munir Uz Zaman/AFP)
28/33 Crianças refugiadas rohingya brincam em uma estrada no campo de refugiados de Balu Khali perto de Cox's Bazar, Bangladesh - 16/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
29/33 Refugiados caminham na praia após atravessarem a fronteira entre Mianmar e Bangladesh - 21/11/2017 (Navesh Chitrakar/Reuters)
30/33 Hosne Ara, um rohingya de 4 anos, refugiado a 2 meses é fotografado no centro para crianças no campo de refugiados de Kutupalong, perto de Cox's Bazar, no Bangladesh - 06/11/2017 (Hannah McKay/Reuters)
31/33 Homem auxilia na distribuição de cobertores para os refugiados roghingya do acampamento de Cox's Bazar, no Bangladesh - 05/12/2017 (Ed Jones/AFP)
32/33 Criança refugiada rohingya chora enquanto se senta no campo de refugiados de Kutupalong no Coaz's Bazar em Bangladesh - 04/12/2017 (Ed Jones/AFP)
33/33 Tumulto durante distribuição de alimentos em campo de refugiados rohingya em Bangladesh - 28/11/2017 (Ed JONES/AFP)
Mianmar e Bangladesh chegaram a um acordo nesta terça (16) e acertaram um prazo de dois anos para solucionar o retorno dos mais de 650.000 refugiados rohingyas que abandonaram o território do primeiro país desde o final de agosto para fugir da repressão do Exército.
O acordo foi firmado em Naypyidaw, a capital do Mianmar, e, segundo o governo do país, deve entrar em vigor na próxima terça-feira. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh, o pacto determina que o processo de retorno dos refugiados “se completará, preferencialmente, em dois anos desde o início da repatriação”. Até a data, nenhum dos dois países havia estipulado um calendário.
Mianmar prometeu repatriar os refugiados, se conseguirem provar que já residiam em seu território.
Segundo o comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh, o esforço prevê “considerar a família como uma unidade”, com o governo do Mianmar fornecendo abrigo temporário para aqueles que voltarem ao país até reconstruir casas para eles. Já foram instalados cinco acampamentos no estado de Rakain, no oeste de Mianmar, onde vivia a maioria dos rohingyas, para receber os refugiados.
Bangladesh pressiona o governo de Aung San Suu Kyi para que lance o processo de retorno dessa comunidade. O país acolhe quase um milhão de rohingyas em sua fronteira sudeste, onde está o que é considerado hoje em dia o maior acampamento de refugiados do mundo.
“Nos próximos dias, os refugiados poderão começar a ser registrados. O processo poderá começar”, explicou à AFP o embaixador de Bangladesh em Mianmar, Mohamad Sufiur Rahman, embora tenha descartado que os primeiros retornos aconteçam já no final de janeiro, como se havia anunciado. “É impossível”, afirmou.
O plano bilateral de repatriação foi recebido com ceticismo muitas organizações de direitos humanos, que disseram que a estratégia não aborda adequadamente questões de segurança, subsistência e reassentamento permanente dos rohingyas. Além disso, as ONGs se questionam se, traumatizados pelos abusos que dizem ter vivido, os refugiados vão querer voltar para Mianmar.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF
Revista em Casa + Digital Completo
Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.