Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Michael Bloomberg anuncia investimento de US$ 242 milhões em energia limpa

O bilionário e ex-prefeito de Nova York financiará programas em 10 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil

Por Amanda Péchy
17 Maio 2022, 15h23
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Michael Bloomberg, bilionário e ex-prefeito da cidade de Nova York, anunciou nesta terça-feira, 17, um investimento de US$ 242 milhões para promover energia limpa em 10 países em desenvolvimento.

    O investimento faz parte de seu esforço, anunciado no ano passado, para encerrar a produção de carvão em 25 países. O projeto é parte de uma campanha de US$ 500 milhões para fechar todas as usinas termoelétricas a carvão nos Estados Unidos.

    O dinheiro vai financiar programas em Bangladesh, Colômbia, Quênia, Moçambique, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Turquia, Vietnã – e no Brasil. Representantes da Bloomberg Philanthropies disseram que vão trabalhar com governos e empresas locais para desenvolver planos de gastos.

    Helen Mountford, presidente e executiva-chefe da ClimateWorks, parceira da Bloomberg Philanthropies, disse ao The New York Times que o dinheiro será direcionado para pesquisa e análise, campanhas de educação pública, programas piloto de energia limpa e compras de usinas de carvão, para então fechá-las.

    Caso o programa seja bem sucedido nas dez nações, isso pode demonstrar a outros países que a energia renovável pode ajudar, não atrapalhar, o crescimento econômico, afirmou Bloomberg ao Times.

    Continua após a publicidade

    Campanhas pelo clima tendem a se concentrar nos países industrializados, responsáveis ​​pela grande maioria das emissões de gases de efeito estufa. Mas muitos países em desenvolvimento têm populações e economias em rápido crescimento, e necessidades energéticas cada vez maiores.

    Por isso, chegar a um patamar de emissões líquidas zero vai depender de como essas nações enfrentam a crise climática. O projeto de Bloomberg acredita que não é preciso esperar países em desenvolvimento atingirem o “pico energético” com combustíveis fósseis e usar fontes renováveis a partir de já.

    Mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a eletricidade, e a pobreza energética é um poderoso fator de desigualdade econômica e de saúde. Embora o investimento de Bloomberg seja destinado a combater as mudanças climáticas, os envolvidos defendem que os fundos também podem ajudar a lidar as crises ligadas à falta de eletricidade, como escassez de alimentos e assistência médica precária.

    Continua após a publicidade

    Países em desenvolvimento investiram menos de US$ 150 bilhões em energia limpa em 2020, de acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). O órgão alertou que, até o final da década, esse financiamento precisaria ultrapassar US$ 1 trilhão por ano para zerar emissões líquidas até 2050.

    A ideia de Bloomberg é que uma organização filantrópica, como a dele, assuma o maior risco no início de um projeto ao qual políticos e empresas podem hesitar. Se funcionar, o projeto posteriormente se tornará atraente para investidores convencionais.

    No entanto, mesmo que o dinheiro de Bloomberg possa reduzir barreiras financeiras, as barreiras políticas continuam sólidas, com forte oposição da indústria de combustíveis fósseis ao desenvolvimento de energia renovável. O que um financiamento como esse pode fazer é criar bases para uma transição para energia renovável vantajosa financeiramente: aumenta o risco do desenvolvimento de combustíveis fósseis e diminuir o de energia renovável.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.