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Milei viaja aos EUA pela terceira vez no ano e aposta em encontro com Trump na Flórida

Viagem acontece em momento delicado para Buenos Aires, que tenta pacote de resgate de US$ 20 bilhões junto ao FMI

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 abr 2025, 17h53 - Publicado em 2 abr 2025, 17h52

O presidente da Argentina, Javier Milei, embarca nesta quarta-feira, 3, para a Flórida em uma viagem surpresa, onde participará de um evento na residência de Donald Trump, em Mar-a-Lago. Embora um encontro formal entre os dois não tenha sido confirmado, Milei espera, no mínimo, uma foto ao lado do presidente americano — um registro que pode fortalecer sua posição nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A viagem acontece em um momento delicado para Buenos Aires, que tenta obter um pacote de resgate de US$ 20 bilhões junto ao FMI. Deste montante, US$ 14 bilhões seriam usados para pagamento de dívidas e US$ 6 bilhões para reforçar as reservas do Banco Central, que perdeu quase US$ 2 bilhões nos últimos onze pregões em uma tentativa frustrada de conter a desvalorização do peso. No entanto, o governo argentino tem encontrado dificuldades para definir o cronograma de desembolso e esclarecer pontos cruciais, como uma possível flexibilização do câmbio.

O apoio de Washington é considerado fundamental para o avanço das negociações. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou à agência Reuters que o pedido da Argentina é “razoável”, destacando os cortes fiscais implementados pelo governo Milei desde sua posse em dezembro de 2023. “Eles merecem, dado seu desempenho”, disse Georgieva.

O chanceler argentino, Gerardo Werthein, confirmou que Milei será homenageado no evento em Mar-a-Lago por sua atuação na “promoção da liberdade e dos valores conservadores” e indicou que um encontro com Trump é provável.

“Dada a amizade entre os dois, certamente haverá um encontro”, afirmou. O próprio Milei se mostrou confiante antes do embarque. “Vamos dividir o mesmo espaço. Se a agenda permitir, provavelmente teremos uma reunião informal”, disse.

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Trump é o principal aliado internacional do presidente argentino, mas a relação não tem sido suficiente para blindar Buenos Aires dos efeitos da guerra tarifária promovida pela administração Trump. Além disso, até o momento, o presidente dos EUA não deu nenhum sinal concreto de apoio às negociações com o FMI.

Desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2023, Milei já visitou os Estados Unidos nove vezes – e essa será sua terceira viagem apenas neste ano. Ele esteve na posse de Trump em janeiro e, no mês seguinte, protagonizou um abraço efusivo com o republicano na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC). No entanto, ainda não conseguiu o que realmente busca: um encontro oficial com Trump na Casa Branca.

Milei quer ser o primeiro presidente latino-americano a visitar o Salão Oval na nova gestão do republicano, antes mesmo do salvadorenho Nayib Bukele, que já tem planos de viajar a Washington em abril.

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