Milícia síria diz ter capturado americanos que lutam pelo Estado Islâmico
Além da dupla de cidadãos dos EUA, combatentes com passaportes da Irlanda e do Paquistão também foram detidos
Dois americanos que lutavam pelo grupo Estado Islâmico na Síria foram capturados, segundo a organização Forças Democráticas da Síria (aliança de milícias sírias apoiadas pelos Estados Unidos). De acordo com a entidade, Warren Christopher Clark e Zaid Abed al-Hamid foram presos por milícias durante combates no domingo 6. Também teriam sido aprisionados um cidadão da Irlanda e dois do Paquistão.
Em entrevista à imprensa, o porta-voz do Pentágono, Sean Robertson não confirmou o envolvimento dos cidadãos com o grupo terrorista: “Estamos cientes dos relatos de que supostos cidadãos americanos estavam lutando pelo Estado Islâmico. No entanto, não conseguimos confirmar a informação neste momento”, declarou.
O jornal The New York Times publicou reportagem sobre a vida de um dos prisioneiros, Warren Christopher Clark, um ex-aluno da Universidade de Houston, no Texas, que se mudou para a Arábia Saudita e, depois, para a Turquia com o intuito de ensinar inglês. Ao jornal, o pai de Clark disse: “meu filho nunca se envolveria com esse tipo de coisas”.
Seamus Hughes, estudioso do programa especializado em extremismo da Universidade George Washington afirmou ter informações de que Clark enviou um currículo ao Estado Islâmico para ensinar inglês a estudantes do grupo.
Não há informações mais precisas sobre a trajetória de Zaid Abed al-Hamid. Segundo as Forças Democráticas da Síria, os dois americanos planejavam um ataque terrorista contra civis sírios em fuga de regiões em conflito.
Na Irlanda, o primeiro-ministro do país, Leo Varadkar, declarou estar ciente da suposta prisão de um cidadão do país ligado ao Estado Islâmico. A rede local de televisão, RTE, informou se tratar de um homem de 45 anos, original de Belarus, mas com passaporte irlandês.
O governo paquistanês, até o momento, não comentou sobre a captura de seus cidadãos. Maiores detalhes sobre as investigações das capturas permanecem em sigilo.