Ministério Público pede prisão da ex-presidente da Coreia do Sul
Park Geun-hye sofreu impeachment no início de março por acusações de suborno, extorsão e abuso de poder.
Promotores da Coreia do Sul pediram nesta segunda-feira a prisão da ex-presidente Park Geun-hye, por acusações de corrupção que desencadearam o escândalo político que levou ao seu impeachment. O Tribunal Distrital Central de Seul deve informar sua decisão sobre o pedido do Ministério Público na próxima sexta-feira.
A prisão de Park dependerá da avaliação da corte, que fará uma audiência na quinta-feira com provável participação da ex-presidente. Caso seja detida, Park será a primeira líder sul-coreana nesta situação desde que dois ditadores militares foram presos por corrupção nos anos 1990.
O pedido do Ministério Público veio depois que os promotores interrogaram Park por mais de 20 horas na semana passada, em meio a suspeitas de que ela permitiu o envolvimento de uma amiga próxima em assuntos de governo e cometeu outras irregularidades no cargo. A prisão é o próximo passo antes que Park possa ser formalmente acusada de crimes como extorsão, suborno e abuso de poder. Apenas a condenação por suborno já é punível com pena de prisão perpétua.
Mesmo que o tribunal rejeite o pedido de detenção, os promotores ainda podem cobrar que Park seja acusada de outros crimes graves. A ex-presidente pode ser presa, por exemplo, por ser suposta cúmplice de outros suspeitos no escândalo, como sua amiga de infância Choi Soon-sil, que subornava empresas por meio de sua influência no governo e ficou conhecida como a “Rasputina coreana”.
(Com Estadão Conteúdo)