Candidata à presidência da França pelo Partido Republicano, de direita, Valerie Pecresse, de 54 anos, vem mostrando força surpreendente em levantamentos de intenção de voto.
É o que mostram duas pesquisas divulgadas nas última terça-feira (7).
No primeiro turno, Valerie aparece com 20% das intenções, e perderia para o atual presidente, Emmanuel Macron, que crava 23%.
No segundo turno, porém, ela ganharia por 52%, contra 48% de Macron, segundo levantamento realizado pelo instituto francês Elabe.
Desde o início da corrida eleitoral, essa é a primeira vez que Macron aparece sendo derrotado no segundo turno.
A pesquisa também mostra que Valerie representa enorme ameaça à líder de extrema direita Marine Le Pen, que até então era apontada como principal rival de Macron.
Outra pesquisa, feita pelo instituto Ifop-Fiducial, aponta que o apoio à Valerie também disparou no primeiro turno, alcançando 17%. No segundo turno, porém, ela aparece atrás de Macron por 48% a 52%.
A corrida eleitoral francesa tem se mostrado volátil. Cada novo candidato sobe rapidamente nas pesquisas, mostrando indecisão do público.
O comentarista de TV de extrema direita Eric Zemmour fez uma entrada dramática na disputa em setembro, chegando a ultrapassar Marine Le Pen. Desde então, porém, ele vêm perdendo a preferência do eleitor.
Atual presidente da região administrativa de Paris, Valerie Pecresse é considera por analistas franceses como uma líder moderada da centro-direita.
Mesmo assim, ela tem encampado bandeiras de “lei e ordem”, prometendo linha-dura. Entre suas medidas, proibiu “burkinis”, ou maiôs de corpo inteiro, das áreas de lazer ao ar livre.
E antes que a França introduzisse o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2013, Valerie disse que preferia uma forma de união civil em vez de plenos direitos de casamento. Posteriormente, ela mudou de posição.
Valerie gosta de se comparar à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher “pela bravura e mão firme”.
E também afirma que pretende estabelecer uma liderança semelhante à da ex-premiê Angela Merkel, “que deixou a Alemanha mais rica, mais forte e mais unida”.
“Serei a primeira presidente da França”, afirmou em discurso feito a apoiadores no último fim de semana.
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