Modo de fazer saquê japonês é reconhecido como patrimônio da Unesco
Bebida alcoólica feita a partir da fermentação de arroz, água e o fungo koji, é considerada um 'presente divino' na cultura japonesa

A tradicional técnica japonesa de produção de saquê foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco nesta quarta-feira, 4.
A decisão foi anunciada durante uma reunião na cidade de Luque, no Paraguai, onde o comitê da Unesco votou para reconhecer 45 práticas culturais de diversas partes do mundo, incluindo o queijo Minas brasileiro, o pão de mandioca caribenho e o sabão de azeite de oliva palestino.
“Estamos muito felizes”, disse Takehiro Kano, representante do Japão na Unesco, à agência de notícias The Associated Press, acrescentando que o reconhecimento pode impulsionar a transmissão de conhecimento para as próximas gerações.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, também celebrou a conquista, parabenizando os artesãos que dedicam suas vidas à preservação da técnica milenar.
Além do saquê, os membros da Unesco também reconheceram na quarta-feira a cultura da sidra asturiana na Espanha e a fabricação de barris gigantes na Guatemala, entre outras práticas.
‘Presente divino’
O saquê, bebida alcoólica feita a partir da fermentação de arroz, água e o fungo koji, é parte essencial de celebrações sociais e eventos culturais no Japão. Com origens que remontam ao século VIII, a bebida é considerada um “presente divino” na cultura japonesa.
Apesar do reconhecimento internacional, a popularidade do saquê tem diminuído entre os jovens no Japão, que frequentemente optam por vinho importado, cerveja nacional ou uísque. Agora, as autoridades esperam restaurar a imagem do álcool de arroz como a principal bebida alcoólica do país.