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Moradores de Xian se revoltam contra política de Covid zero da China

Onda de raiva nas redes sociais chinesa mostra que as pessoas estão indignadas com atuação do governo durante o bloqueio

Por Da Redação Atualizado em 3 jan 2022, 20h14 - Publicado em 3 jan 2022, 20h09
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  • Desde dezembro, a cidade de Xian, no noroeste da China, enfrenta o maior surto de Covid-19 no país desde Wuhan, primeiro epicentro da doença.

    O surto de casos na cidade aumentou o índice de testes positivos na China para o nível mais alto desde março de 2020. Até o momento, foram registrados 1.600 novos casos.

    A cidade agora passa pelo maior e mais rígido bloqueio desde Wuhan, no início da pandemia.

    As autoridades determinaram, no final de dezembro, que os 13 milhões de habitantes de Xian ficariam confinados em suas casas.

    O bloqueio deixou os moradores sem alimentos e suprimentos essenciais, gerando uma onda de raiva da comunidade local contra o governo.

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    As pessoas não puderam guardar mantimentos com antecedência porque as autoridades locais garantiram repetidamente que os suprimentos de comida eram abundantes e não havia necessidade de pânico.

    Depois foram impedidos de deixarem suas casas até mesmo para fazer compras.

    Por muito tempo, a política de Covid zero da China – com um manual de testes em massa, quarentenas extensas e bloqueios instantâneos para impedir a proliferação do vírus – foi defendida pelos chineses.

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    Mas à medida que a situação em Xian piora, a população começa a se revoltar contra o bloqueio.

    Na semana passada, a mídia social chinesa foi repleta de pedidos de ajuda e críticas do governo local em Xian. As autoridades chegaram até a desabilitar os comentários de uma transmissão ao vivo.

    Mesmo após a censura, na plataforma Weibo (semelhante ao Twitter da China) a hashtag “É difícil fazer compras em Xian” ganhou força e foi vista mais de 380 milhões de vezes até o momento.

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    “Anteriormente, eu achava que aqueles compradores em pânico eram estúpidos. Agora percebi que sou o estúpido”, disse um comentário no Weibo.

    Um vídeo em que um homem era espancado por funcionários de prevenção da Covid nos portões de um complexo residencial quando tentava entrar com um saco de pão também viralizou no Weibo.

    A abordagem agressiva alimentou ainda mais a indignação dos chineses.

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    Na semana passada, a mídia estatal noticiou dois casos de pessoas que tentaram de tudo para escapar de Xian antes que as restrições surgissem. Eles foram multados e colocados em quarentena.

    Em uma entrevista coletiva, Liu Guozhong, o chefe do Partido Comunista da província de Shaanxi, da qual Xian é a capital, prometeu “elevar ainda mais nossos ânimos, fortalecer a consciência de alcançar 100% de prevenção, controle e isolamento, priorizar a prevenção de epidemias e controle em vilas urbanas, e alcançar a meta de trazer os casos de volta a zero na sociedade o mais rápido possível. “

    As medidas severas parecem estar funcionando. No domingo (2), a contagem de casos diários de Xian caiu pela primeira vez em mais de uma semana para 122. Na segunda-feira (3), foram registrados 90 casos.

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