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Mortes em Bucha são ‘face cruel’ de Putin, diz chefe da Comissão Europeia

Em visita à cidade onde centenas de corpos foram encontrados, Ursula von der Leyen prometeu apoio a Kiev na defesa da 'fronteira europeia'

Por Redação Atualizado em 8 abr 2022, 19h33 - Publicado em 8 abr 2022, 15h39

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta sexta-feira, 8, que as mortes de civis na cidade ucraniana de Bucha mostraram a “face cruel” do Exército russo e de seu presidente, Vladimir Putin, prometendo apoiar Kiev na defesa da “fronteira europeia”.

Durante visita à cidade, Von der Leyen demonstrou estar visivelmente emocionada, enquanto os investigadores começaram a exumar os corpos encontrados nas valas comuns. 

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A cidade de Bucha foi atacada pelas tropas de Moscou durante semanas e, após retomada por Forças ucranianas, foram encontradas centenas de corpos nas ruas. Algumas vítimas, segundo o governo ucraniano e imagens divulgadas por veículos internacionais de imprensa, estavam com as mãos amarradas e pareciam ter sido mortas com tiros pelas costas.

O Kremlin nega veementemente ter atacado qualquer alvo civil desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, e acusa o Ocidente de fazer uma “falsificação monstruosa” destinada a prejudicar a imagem russa perante o mundo. 

Falando a repórteres, a chefe da Comissão Europeia disse que “tomará as medidas necessárias” para que seja garantida a adesão da Ucrânia à União Europeia, uma demanda que recebeu pressão por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. No entanto, uma das condições impostas pelo governo russo para acabar com a guerra é justamente que a Ucrânia jamais faça parte do bloco. 

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“O impensável aconteceu aqui. Vimos a face cruel do Exército de Putin. Vimos a imprudência e a frieza com que ocupam a cidade. O mundo inteiro está de luto com o povo de Bucha, e são eles que estão defendendo a fronteira da Europa, defendendo a humanidade, defendendo a democracia e, portanto, estamos com eles nesta importante luta”, disse Von der Leyen. 

A viagem da política à Ucrânia tem como objetivo oferecer apoio moral e financeiro a Zelensky, além de passar a mensagem de que a União Europeia considera a entrada do país no bloco. Ela prometeu ainda seu apoio a Kiev para “emergir da guerra como um país democrático”, algo em que, segundo ela, o bloco europeu e outros doadores ajudariam.

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A fala foi corroborada pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, afirmando que a visita de Von der Leyen foi um claro sinal de que “os ucranianos têm total controle sobre seu território”. 

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“A Ucrânia não é um país invadido e dominado. Ainda há um governo que recebe pessoas de fora e você pode viajar para Kiev”, disse Borrell, acrescentando esperar que mais 500 milhões de euros sejam doados à capital nos próximos dias. 

Borrell disse ainda que as sanções ao petróleo são um problema a ser resolvido, uma vez que a medida para cortar o petróleo russo pode causar um forte impacto negativo nas economias europeias. É esperado que uma decisão sobre a questão seja levantada já na próxima segunda-feira, em Bruxelas. 

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