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Mortes em série de candidatos da extrema direita alemã alimentam teorias da conspiração

Casos ocorreram antes de eleições locais na Alemanha; Polícia diz que óbitos foram de causas naturais e descarta ter havido crime

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 set 2025, 09h07

Até seis candidatos do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) morreram nas últimas semanas, antes das eleições locais no estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste do país, marcadas para 14 de setembro. A polícia deixou claro que não há evidência alguma de assassinato, mas isso não impediu que a líder da sigla, Alice Weidel, alimentasse as teorias da conspiração que correm soltas nas redes sociais.

As primeiras notícias se concentraram no fato de que quatro dos candidatos da AfD haviam morrido antes do pleito, e depois também surgiram os óbitos de dois candidatos reservas, provocando uma onda de especulações na internet. Weidel não fez nenhum esforço para refutar as teorias de que haveria uma ação coordenada para tirar nomes do partido das urnas, republicando uma afirmação do economista Stefan Homburg de que o número de mortes entre suas fileiras era “estatisticamente quase impossível”.

O Ministério do Interior da Renânia do Norte-Vestfália destacou, porém, que candidatos de outros partidos, incluindo os Verdes e os Sociais-Democratas, também morreram, enquanto um dos principais nomes da AfD no estado, Kay Gottschalk, admitiu na terça-feira 2 que “o que tenho diante de mim – mas são apenas informações parciais – não corrobora essas suspeitas no momento”. Ele disse a um podcast do portal de notícias Politico que os casos devem ser investigados “sem entrar imediatamente no território da teoria da conspiração”.

A polícia informou à agência de notícias alemã DPA que as quatro mortes iniciais foram de causas naturais, ou que o motivo não foi divulgado por questões de privacidade familiar. Os dois outros casos subsequentes foram descritos em termos semelhantes.

Organização extremista

Nas eleições gerais de fevereiro, a AfD se tornou o segundo maior partido da Alemanha, expandindo-se do centro-leste, onde tem mais tração, para áreas do oeste também.

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Três meses depois, a agência de espionagem do país classificou a sigla como uma organização extremista de direita, antes de suspender essa descrição devido a um recurso pendente na justiça. Em três estados do leste, braços da AfD ainda são listadas como extremistas.

Estrategistas da AfD esperam ganhos nas eleições locais da Renânia do Norte-Vestfália, vistas como o primeiro teste de eleitores desde que o novo chanceler, Friedrich Merz, da União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita, assumiu o poder. O estado tem uma população de 18 milhões de habitantes e 20 mil candidatos concorrerão a cargos públicos nas eleições locais de 14 de setembro.

Nas últimas eleições estaduais, em maio de 2022, a AfD obteve apenas 5,4% dos votos na região que abriga o centro industrial da Alemanha, o Vale do Ruhr, e sofreu com a forte perda de empregos. Mas em fevereiro deste ano, a sigla ganhou 16,8% de apoio, e pesquisas recentes sugerem que deve igualar esses números no pleito daqui duas semanas.

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O partido encontrou apoio entre várias figuras importantes da direita americana, que acusaram o governo alemão de tentar reprimir a AfD. O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e do X (ex-Twitter) que lançou apoio às políticas anti-imigração da extrema direita alemã no início deste ano, reiterou seu apoio à AfD nos últimos dias.

“Ou a Alemanha vota na AfD, ou será o fim da Alemanha”, afirmou ele.

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