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Mulheres afegãs desafiam ordens do Talibã sobre uso de véu

Decreto do grupo fundamentalista que lidera o Afeganistão prevê punição para mulheres que não cobrirem seus rostos em público

Por Da Redação
12 Maio 2022, 11h30
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  • PUL-E ALAM, AFGHANISTAN -- JANUARY 17: Two women wearing burqas pause for a portrait after having their ration cards checked, as the UN World Food Program (WFP) distributes a critical monthly food ration, with food largely supplied by the US Agency for International Development (USAID), to 400 families south of Kabul in Pul-e Alam, Afghanistan, on January 17, 2022. This food delivery to Logar province comes as the UN warns that 23 million Afghans, more than half the population, are on the verge of famine, following a severe drought and as winter deepens, while the US and World Bank have only partially released funds frozen when the Taliban took control of Afghanistan in August 2021. The UN has made an emergency appeal for $5.5 billion to feed the hungry and forestall further economic collapse. (Photo by Scott Peterson/Getty Images)
    A nova regra se junta a outras restrições aos direitos das mulheres, que agora são impedidas de viajar longas distâncias sozinhas, trabalhar em áreas profissionais que não saúde ou educação, e de frequentar escolas - 17/01/2022 (Scott Peterson/Getty Images)

    Muitas mulheres de Cabul, capital do Afeganistão, estão resistindo com protestos ao retorno do uso da burca, véu que cobre completamente o rosto. Manifestações despontaram na cidade após um decreto do governo Talibã, que impõe punições caso as afegãs não obedecessem à regra de vestimenta em público.

    O Talibã, que retomou o poder em agosto de 2021, ordenou no último sábado 7, que mulheres cobrissem seus rostos em público, um retorno ao seu antigo regime de linha dura. O uso da burca, que permite que as mulheres enxerguem apenas através de uma pequena grade de tecido, era obrigatório durante o governo anterior do grupo fundamentalista, entre 1996 e 2001.

    O decreto do líder supremo do grupo, Haibatullah Akhundzada, prevê que se uma mulher não usar a cobertura facial fora de casa, seu pai ou parente masculino mais próximo pode ser preso ou demitido de cargos públicos.

    Ainda não há informações sobre a efetiva aplicação das penas. As autoridades do Talibã disseram que primeiro se concentrariam em “encorajar” a adesão ao costume.

    Em Cabul, pelo menos dois protestos aconteceram esta semana, em que manifestantes criticavam as tentativas de limitar a presença da mulheres na vida pública. “Queremos ser conhecidas como criaturas vivas, queremos ser conhecidas como seres humanos, não escravas presos no canto da casa”, disse uma manifestante.

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    Em reação ao retorno da restrição, muitas mulheres estão se recusando a adotar o acessório, outras estão ficando em casa e algumas estão usando máscaras cirúrgicas contra a Covid-19. Por motivos religiosos, a maioria das afegãs usa um lenço na cabeça, o hijab, que cobre o cabelo, mas o rosto aparente.

    Fora de Cabul, havia alguns sinais de que o novo decreto já aumentou o rigor da supervisão do vestuário feminino. Uma médica no sudeste do Afeganistão disse à Reuters que as autoridades do Talibã disseram a ela para não tratar mulheres sem acompanhante e burca. Também houve relatos de repreensão do uso de lenços coloridos, que deveriam ser substituídos pelo preto.

    A nova regra se junta a outras restrições aos direitos das mulheres, que agora são impedidas de viajar longas distâncias sozinhas, trabalhar em áreas profissionais que não saúde ou educação, e de frequentar escolas

    O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta quinta-feira, 12, para discutir a situação das afegãs. Os Estados Unidos disseram que aumentarão a pressão sobre o governo do Talibã.

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