Milhares de neozelandeses oraram e observaram dois minutos de silêncio, nesta sexta-feira, 22, para recordar os 50 fiéis muçulmanos mortos em ataque a duas mesquitas de Christchurch. A data, que marca uma semana da tragédia, teve homenagens em todo o país e a reabertura dos centros religiosos islâmicos.
Mulheres por todo o país, incluindo as agentes da polícia mobilizadas para as cerimônias em Christchurch, decidiram utilizar nesta sexta-feira o véu islâmico, em solidariedade à comunidade muçulmana. Algumas publicaram as fotos com o véu nas redes sociais no #HeadScarfforHarmony (“Lenço para a harmonia”).
O atirador “partiu os corações de milhões de pessoas, em todo o mundo”, disse o imã Gamal Fouda, encarregado da tradicional oração muçulmana de sexta-feira, na cidade de Christchurch.
“Hoje, do mesmo local (do massacre), olho e vejo amor e compaixão”.
Diante de milhares de pessoas – entre elas a primeira-ministra Jacinda Ardern – reunidas em um parque próximo à mesquita de Al Noor, um Muazzin fez o chamado à oração às 13h30 (21h30 no horário de Brasília). Em seguida, todo o país observou dois minutos de silêncio.
Em seguida, o imã Fouda tomou a palavra: “Olho e vejo compaixão nos olhos de milhares de neozelandeses e seres humanos de todo o planeta. Este terrorista tentou quebrar nossa nação com uma ideologia malvada, mas no lugar disto mostramos que a Nova Zelândia é invencível”.
O australiano Brenton Tarrant, um supremacista branco declarado, atacou as duas mesquitas em Christchurch disparando com fuzis de assalto. No final da ação, havia 50 mortos e outros 50 feridos.
(Com AFP)