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Mulheres e crianças tentam fugir dos bombardeios na Síria

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse que a operação militar contra a região de Ghouta Oriental deve continuar

Por Da Redação Atualizado em 4 mar 2018, 18h12 - Publicado em 4 mar 2018, 17h52
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  • O drama da guerra civil na Síria tem se intensificado no último mês, com bombardeios aéreos e uso de armas químicas, como gás cloro, contra a população civil de Ghouta Oriental. Os moradores, sobretudo mulheres e crianças, estão fugido para áreas vizinhas da região, próxima da capital Damasco.

    Forças leais ao governo sírio aumentaram a pressão nos territórios controlados por grupos islâmicos e jihadistas, como é o caso de Ghouta, em uma tentativa de sufocar a oposição. A batalha no local deixou mais de 600 pessoas mortas desde 18 de fevereiro, muitas delas crianças.

    Segundo a ONU, 76% das residências de Ghouta Oriental foram devastadas, e boa parte dos 400 mil moradores do território se mudou para abrigos subterrâneos. Um comboio humanitário não conseguiu entrar na região. Segundo a organização, 40 caminhões com suplementos foram impedidos de entrar na cidade de Douma por funcionários do governo.

    Crianças fogem dos bombardeios na Síria
    Crianças sírias são vistas na parte de trás de um caminhão enquanto fogem de suas casas na cidade de Beit Sawa, região oriental de Ghouta, após a ocorrência de ataques aéreos (Abdulmonam Eassa/AFP)

    A escalada do horror na Síria ocorre mesmo após o anúncio da Rússia – o maior aliado do governo – de trégua diária de cinco horas e da negociação de um cessar-fogo feita pelo Conselho de Segurança da ONU.

    O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse neste domingo que uma operação militar contra a região continuará e, em paralelo, os civis poderão deixar a região rebelde.

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    “Não há contradição entre uma trégua e operações de combate. O progresso obtido ontem e anteontem em Ghouta pelo Exército Árabe da Síria foi conquistado durante esta trégua”, disse Assad.

    O Centro Sírio para Pesquisa de Políticas (SCPR, na sigla em inglês) calcula que o conflito já tenha causado a morte de mais de 470 mil pessoas desde 2011, ainda que não haja estatística totalmente confiável.

    Segundo a ONU, mais de 5 milhões de pessoas fugiram do país, em sua maioria mulheres e crianças, e metade da população foi de alguma forma deslocada pela guerra.

    O êxodo de refugiados, um dos maiores da história recente, colocou sob pressão os países vizinhos, como Líbano, Jordânia e Turquia.

    A região vive também uma crise humanitária. Há restrição à entrada de ajuda humanitária, e produtos alimentícios básicos, como pão e arroz, estão muito caros e escassos. Quase 12% das crianças sírias estão subnutridas.

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