Musk perde própria enquete sobre permanência no cargo de CEO do Twitter
Maioria dos usuários votaram a favor da retirada do bilionário do cargo de chefia do Twitter
Em menos de dois meses desde que se tornou CEO do Twitter, Elon Musk realizou uma enquete neste domingo 18 em seu perfil na plataforma sobre sua permanência no cargo de chefia. Com 17.502.391 votos, o resultado final saiu na manhã desta segunda-feira, 19, e 57,7% votou a favor de sua saída.
Should I step down as head of Twitter? I will abide by the results of this poll.
— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022
Em vários tuítes, Musk afirmou que respeitaria o resultado do pleito, o que colocaria o futuro do Twitter sob ameaça. “Como diz o ditado, tenha cuidado com o que deseja, pois pode conseguir”, escreveu o CEO.
Desde que o bilionário comprou a rede social por 44 bilhões de dólares (R$ 234 bilhões) no final de outubro, a plataforma passou por diversas polêmicas e controvérsias. Recentemente, após uma mudança repentina nas regras da plataforma, jornalistas da CNN, The New York Times e The Washington Post tiveram suas contas banidas.
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Mesmo sem explicação oficial do banimento destes perfis, Musk afirmou em uma série de tuítes que os jornalistas tinham violado a nova política de “doxxing” – prática de vazar dados pessoais – após eles compartilharem a localização de seu jatinho particular.
No entanto, as contas banidas só tinham utilizado dados de voo que são publicados online, acessíveis para qualquer pessoa. O CEO voltou atrás em sua decisão após fazer uma enquete em que o pleito foi a favor da reativação das contas.
Foi também por meio de outra enquete que Musk reativou a conta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, banida desde janeiro de 2021. Trump tinha sido expulso da plataforma após desobedecer uma série de regras da plataforma e por incitar seus apoiadores a invadir o Capitólio.
“Acho que não foi correto banir Donald Trump. Acho que foi um erro”, declarou Musk em uma conferência em maio. Na ocasião, o atual CEO já havia argumentado que era contra a política de banimento permanente da plataforma.
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Após a decisão, o dono do Twitter mergulhou profundamente em uma guerra cultural, permitindo que contas permanentes banidas por desinformação ou discurso de ódio voltassem ao ar. Além de Trump, a conta do psicólogo Jordan Peterson voltou a atividade, após ser desativada após um comentário transfóbico em seu Twitter, no qual ele se referia ao ator transgênero Elliot Page com o pronome inadequado.
Em novembro, Musk demitiu grande parte da equipe do Twitter, incluindo funcionários de alto escalão. Além disso, o bilionário também despediu diversos empregados que discordaram abertamente dele, chegando a humilhá-los na internet.
Em resposta às polêmicas, diversas marcas, como a Pfizer e General Mills, removeram suas publicidades da rede, sendo que Musk observou que a empresa “está no caminho certo para a falência desde maio”.
Entretanto, o bilionário negou que tenha um novo CEO em mente.
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“Ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo. Não há sucessor”, declarou. “A questão não é encontrar um CEO, a questão é encontrar um CEO que possa manter o Twitter vivo.”