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Na Argentina, Araújo defende saída sem intervenção militar na Venezuela

Chanceler declarou que 'existe um progressivo avanço na consolidação' do opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente

Por Da Redação Atualizado em 10 abr 2019, 01h26 - Publicado em 10 abr 2019, 00h52

O chanceler Ernesto Araújo demonstrou, nesta terça-feira 9, confiança em que a Venezuela encontre uma saída para sua crise sem uma intervenção militar e com apoio da comunidade internacional.

Em entrevista coletiva em Buenos Aires, o ministro das Relações Exteriores observou que “existe um progressivo avanço na consolidação” do opositor venezuelano Juan Guaidó “como presidente, junto à sociedade venezuelana, uma sociedade que não está se deixando intimidar”.

Araújo, que nesta quarta-feira se reunirá com o chanceler argentino, Jorge Faurie, destacou que na Venezuela há uma “progressiva mobilização de setores organizados da sociedade, como os sindicatos, em um processo que é irreversível”.

“A velocidade deste processo foi mais rápida no começo, quando surgiu o governo interino de Guaidó, porque foi uma mudança radical, o surgimento de um governo legítimo”, considerou.

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Nesse sentido, comentou que “é natural que agora essa curva se torne mais lenta”, mas ressaltou que “a mobilização da comunidade internacional continua”.

Araújo se mostrou confiante ainda em que “virá um momento” em que o governo de Guaidó “se tornará efetivo e isso levará a eleições legítimas e a uma democratização da Venezuela”.

Consultado sobre a possibilidade de uma intervenção militar no país, o chanceler brasileiro disse estar “convencido de que é possível chegar ao objetivo da restauração da democracia com o apoio da comunidade internacional, sem esse tipo de ação”.

Araújo falou com a imprensa após ter dado uma conferência no Centro Argentino de Relações Internacionais (CARI), do qual foi nomeado membro nesta terça-feira.

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Diante de um auditório de diplomatas, Araújo dissertou sobre a visão de política externa do governo Bolsonaro e, nesse contexto, elogiou a ação do Grupo de Lima para propiciar uma saída à crise na Venezuela.

“Dissemos ‘já basta’ para ajudar a criar uma realidade democrática na Venezuela”, destacou.

(Com EFE)

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