Na CIA, Trump afirma estar em guerra com a mídia
Em sua primeira visita oficial, Trump disse que os jornalistas estão "entre os seres humanos mais desonestos na Terra"
Donald Trump, disse em visita oficial à sede da CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, em Langley, neste sábado que está “em guerra” com a mídia. Segundo o novo presidente dos Estados Unidos, a mídia “desonesta” mentiu sobre a quantidade de pessoas presentes em sua posse, realizada na sexta-feira.
“Como vocês sabem, eu estou em guerra com a mídia. Eles estão entre os seres humanos mais desonestos na Terra”, disse Trump.
Segundo ele, as imagens da posse exibidas pela imprensa – com espaços vazios – não registraram a multidão que se estendia do Congresso até o Washington Monument, monumento localizado no centro do National Mall e “parecia ter 1,5 milhão de pessoas”. Número bastante superior à estimativa da mídia de 900.000 presentes.
Trump também acusou a imprensa de ter sido a responsável pela tensão entre ele e a CIA. A imprensa “fez parecer que eu tenho um problema com a comunidade de inteligência. E só quero que saibam que vocês são a primeira visita que eu faço, é exatamente o oposto”, disse.
Reconciliação
As relações entre Trump e a comunidade de inteligência se tensionaram imediatamente após a eleição presidencial de novembro, quando várias dessas agências indicaram que a Rússia havia interferido na campanha para ajudar o magnata.
A tensão se transformou em hostilidade depois que vazaram para a imprensa supostos documentos de inteligência que sugerem que a Rússia poderia chantagear Trump, por possuir vídeos de festas do milionário com a participação de prostitutas.
Trump chegou a sugerir que a própria inteligência americana teria vazado esses documentos à imprensa, e em resposta o diretor da CIA, John Brennan, disse a uma rede nacional de televisão que o presidente deveria ser mais “disciplinado” com suas palavras.
A visita deste sábado foi uma tentativa de reconciliação com a CIA. Em seu primeiro ato oficial como presidente, Trump assegurou que “não há ninguém que tenha sentimentos mais fortes sobre a comunidade de inteligência e da CIA e garantiu aos funcionários estar ao seu lado. “Estou com vocês 1.000%. Amo e respeito vocês.”, insistiu o presidente americano.