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Na ONU, chanceler russo adverte que mundo beira ‘limite perigoso’

Em reunião do Conselho de Segurança, presidida pela Rússia, o chefe da ONU concordou que 'tensões entre grandes potências estão em alta histórica'

Por Da Redação
Atualizado em 1 Maio 2023, 14h41 - Publicado em 24 abr 2023, 16h05
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  • Em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou nesta segunda-feira, 24, que o mundo chegou a um limite “possivelmente ainda mais perigoso” do que durante a Guerra Fria.

    O secretário-geral da organização, Antonio Guterres, na mesma reunião, concordou que o risco de conflito entre potências globais está em um “pico histórico”, mas, sentado ao lado de Lavrov, criticou a invasão russa da Ucrânia por causar essa escalada.

    Segundo ele, o conflito é fonte de enorme sofrimento e devastação no país, e alimenta a crise econômica causada pela pandemia de coronavírus.

    “As tensões entre as grandes potências estão em alta histórica. Assim como os riscos de conflito, por desventura ou erro de cálculo”, disse Guterres.

    Lavrov presidiu a reunião do conselho porque a Rússia detém a presidência rotativa mensal do conselho em abril. O encontro do órgão de quinze membros tratou do multilateralismo e da carta fundadora das Nações Unidas.

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    “Como durante a Guerra Fria, atingimos um limite perigoso, possivelmente ainda mais perigoso. A situação se agrava com a perda de confiança no multilateralismo”, disse Lavrov. “Vamos dar nome aos bois. Ninguém permitiu que a minoria dos países ocidentais falasse em nome de toda a humanidade.”

    Diversos membros do Conselho de Segurança também criticaram a Rússia pela guerra contra a Ucrânia, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França. Washington ainda acusou os russos de violarem a lei internacional ao deter cidadãos americanos injustamente, pedindo a libertação do jornalista Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro naval Paul Whelan. A irmã de Whelan, Elizabeth, estava na câmara do Conselho de Segurança.

    “Nosso organizador hipócrita hoje, a Rússia, invadiu sua vizinha Ucrânia e atingiu o cerne da Carta das Nações Unidas”, disse Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas. “Essa guerra ilegal, não provocada e desnecessária vai contra nosso princípio mais sagrado: que uma guerra de agressão e conquista territorial nunca — jamais — é aceitável.”

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    A organização internacional tem o objetivo de salvar um acordo que permite a exportação segura de grãos da Ucrânia para o Mar Negro, que pode expirar em 18 de maio. Guterres também pediu a continuidade de um acordo relacionado, no qual as Nações Unidas se comprometeram a ajudar a facilitar a exportação de grãos e fertilizantes da própria Rússia.

    “Eles demonstram claramente que tal cooperação é essencial para criar maior segurança e prosperidade para todos”, concluiu Guterres.

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