Na ONU, Damares Alves pede ‘libertação’ da Venezuela
Ministra do governo Bolsonaro reafirmou sua cooperação com o presidente autoproclamado Juan Guaidó para levar ajuda humanitária ao país vizinho
Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que o Brasil não intervirá militarmente contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. Apesar do posicionamento, ela deixou claro que continuará trabalhando com o presidente autoproclamado Juan Guaidó para enviar ajuda humanitária à população do país.
A ministra falou nesta segunda-feira, 25, na abertura da 40ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, diante de líderes de 90 países e organizações da sociedade civil em Genebra, na Suíça. Durante sua fala, ela expressou a preocupação do Brasil “pelas graves e persistentes violações dos direitos humanos cometidas pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro”.
Damares ainda apelou para que a comunidade internacional junte-se “ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo o fim da violência das forças do regime contra sua própria população.”
Respondendo ao suposto temor que a eleição de Jair Bolsonaro gerou na comunidade internacional, por suas declarações polêmicas durante a campanha presidencial, Damares reafirmou que o governo do Brasil têm “um compromisso inquebrável com os mais altos padrões de direitos humanos e defesa da democracia”.
A ministra também destacou os esforços da sua pasta para aumentar a proteção dos povos indígenas e afrodescendentes, das pessoas incapacitadas e das mulheres. Além disso, Damares mencionou a intenção do governo de aumentar “a defesa do direito à vida desde a concepção”, sem citar diretamente a questão do aborto.
(com Agência EFE)