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Na Síria, doentes e feridos começam a sair de Ghuta Oriental

Por meio da ONU, grupo rebelde e Rússia entrarem em acordo na segunda-feira para permitir a saída de civis feridos do enclave

Por Reuters
13 mar 2018, 11h18

Civis doentes e feridos foram mostrados na televisão estatal da Síria saindo do enclave rebelde sitiado de Ghuta Oriental nesta terça-feira, no que insurgentes e a Organização das Nações Unidas (ONU) classificaram como uma retirada médica.

Mulheres carregando crianças pequenas, homens se equilibrando em bengalas e um idoso em uma cadeira de rodas foram mostrados andando em meio a um grupo de soldados sírios perto do posto de cruzamento de Al-Wafideen, em Ghuta Oriental.

Uma campanha de quase um mês de ataques aéreos e de artilharia do Exército no último grande bastião rebelde perto da capital Damasco matou mais de 1.100 civis, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Forças do governo sírio capturaram mais da metade de Ghuta Oriental, um bolsão de cidades e terras de cultivo densamente povoado onde a ONU diz que vivem 400 mil civis sob estado de sítio desde 2013.

Avanços realizados nos últimos dias isolaram as grandes cidades de Douma e Harasta uma da outra e de áreas vizinhas, dividindo Ghuta Oriental em enclaves separados.

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Yasser Delwan, representante político da facção rebelde Jaish al-Islam, disse que as pessoas que partiram de Douma são as primeiras de várias levas de pacientes que devem ser retirados para serem tratados em outros locais.

Na segunda-feira, o grupo disse ter chegado a um acordo por meio da ONU com a Rússia, a principal aliada de Damasco, para a retirada de feridos.

A ofensiva governamental em Ghuta Oriental se tornou uma das maiores da guerra, que entra em seu oitavo ano, e caminha para se tornar a maior derrota imposta aos insurgentes desde a batalha de Alepo em 2016.

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A Rússia ofereceu passagem livre aos rebeldes e seus familiares contanto que estes entreguem o território, uma tática que Damasco e Moscou vêm usando na Síria desde 2015 à medida que reconquistam mais partes do país. Até agora as duas facções principais de Ghuta Oriental vêm prometendo ficar e lutar.

A retirada desta terça-feira foi o primeiro acordo acertado pelos rebeldes com a Rússia e Damasco para permitir a saída de civis desde o início da ofensiva governamental.

A ONU pediu a remoção urgente de 1.000 pacientes necessitados de cuidados médicos de emergência e se disse preocupada com toda a população de Ghuta Oriental, onde os remédios e alimentos já estavam acabando antes do início da operação do governo, iniciada em meados de fevereiro.

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