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Na tecnológica Taiwan, especialistas explicam como equilibrar IA e trabalho humano

Líderes participaram da TIMTOS, feira de tecnologia industrial realizada na capital de Taiwan, Taipé

Por Ernesto Neves, de Taipé
Atualizado em 17 mar 2025, 09h59 - Publicado em 17 mar 2025, 09h07

Realizada a cada dois anos em Taipé, capital de Taiwan, o Taiwan International Machine Tool Show (TIMTOS), uma feira internacional de máquinas-ferramentas e equipamentos industriais, discutiu este ano um dos dilemas centrais do capitalismo: como equilibrar o uso de inteligência artificial na indústria ao mesmo tempo em que se fortalece a importância do trabalho humano.

Akihiro Teramachi, presidente do grupo industrial japonês THK, destacou que a empresa busca avançar da automação básica, onde as máquinas operam de forma independente, para uma automação em larga escala, na qual elas funcionam autonomamente, sem necessidade de supervisão.

Apesar desse avanço tecnológico, Teramachi ressaltou que os seres humanos continuam sendo o elemento mais essencial nesse processo de transformação.

À medida que a inteligência artificial se torna mais presente, o objetivo deve ser fortalecer nossa capacidade de pensamento crítico e nos tornarmos pensadores independentes, capazes de gerenciar a IA de forma criativa”, afirmou Akihiro Teramachi.

“Com o surgimento de novas tecnologias e a evolução dos valores da sociedade, precisamos analisar atentamente esses avanços e nos posicionarmos como agentes da mudança.”

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Teramachi ressaltou que o desenvolvimento contínuo de talentos digitais exige uma mentalidade ampla, que ele chama de “talento do coração”—uma filosofia baseada em encarar desafios com uma atitude positiva e honesta, sem atribuir falhas a fatores externos.

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Enquanto Teramachi destacou a importância do envolvimento humano, o CEO da Techman Robot, Haw Chen, adotou uma abordagem mais cautelosa em relação às capacidades da IA.

Chen apresentou os cobots (robôs colaborativos) com tecnologia de IA da Techman Robot, que desempenham funções diversas, desde verificações em montadoras automotivas até a fabricação de brinquedos.

No setor automotivo, quatro cobots utilizam mais de 30 câmeras para inspecionar 120 itens em apenas 80 segundos, garantindo que a configuração esteja correta conforme a ordem de serviço.

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Estande de robótica da TIMTOS, feira internacional de máquinas-ferramentas e equipamentos industriais realizada em Taiwan
Estande de robótica da TIMTOS, feira internacional de máquinas-ferramentas e equipamentos industriais realizada em Taiwan (Ernesto Neves/VEJA)

Já na produção de brinquedos, um cobot posiciona cabeças de plástico em uma máquina de implantação capilar, remove os produtos finalizados e verifica a qualidade do processo.

Para o futuro dos robôs com IA, Chen prevê a implementação de um sistema de circuito fechado em tempo real, no qual sensores atuam como olhos, a IA como cérebro e os robôs como executores de tarefas baseadas em decisões inteligentes.

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No entanto, ele alertou que a IA ainda não é uma solução perfeita para a automação industrial.

“A IA é extremamente poderosa, mas ainda carece de precisão”, explicou Chen. “Quando falamos de automação industrial, lidamos com medições precisas na casa dos centímetros e micrômetros. A IA pode aprimorar processos, mas não pode alterar os fundamentos de uma máquina-ferramenta.”

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