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Na véspera de pleito, ataques a gabinetes eleitorais matam 26 no Paquistão

País enfrenta uma escalada de violência encabeçada por militantes apoiadores do ex-primeiro-ministro eleito Imran Khan, destituído em 2022

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h26 - Publicado em 7 fev 2024, 13h11
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  • Um dia antes das eleições no Paquistão, duas explosões próximas a gabinetes de candidatos mataram 26 pessoas e deixaram dezenas de feridos nesta quarta-feira, 7. O país enfrenta uma escalada de violência encabeçada por militantes apoiadores do ex-primeiro-ministro Imran Khan, destituído pelo Parlamento paquistanês em 2022 e detido desde agosto do ano passado. No mês passado, ele foi condenado a 24 anos de prisão.

    O primeiro ataque mirou o gabinete de um candidato independente no distrito de Pishin, deixando 14 vítimas. O outro, perto do escritório do partido Jamiat Ulema Islam (JUI) na cidade de Qilla Saifullah, matou mais 12 pessoas e feriu outras 25. O explosivo usado no segundo atentado foi plantado em uma motocicleta, informou o vice-comissário da região, Yasir Bazai.

    “O objetivo das explosões de hoje era sabotar as eleições”, disparou Jan Achakzai, ministro da Informação da província do Baluchistão, onde ficam Pichin e Qilla Saifullah.

    Grupos terroristas

    Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria dos recentes atentados, alguns militantes reivindicaram uma série de ataques semelhantes nos últimos meses. Entre eles estão membros do Talibã Paquistanês (TTP) e os separatistas do Baluchistão, que se opõem ao Estado paquistanês.

    Nesta segunda-feira, um porta-voz do TTP disse que o grupo participou de uma troca de tiros com a polícia em uma delegacia em Chaudhwan, matando 10 policiais. O episódio teria como alvo agentes de segurança, não candidatos eleitorais. O governo, por sua vez, discorda dessa versão e relaciona os incidentes à ida as urnas, marcada para esta quinta-feira, 8.

    Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão informou o fechamento das fronteiras com o Irã e o Afeganistão para garantir a segurança dos eleitores. Elas serão reabertas nesta sexta-feira, 9.

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    + Candidato às eleições é assassinado no Paquistão dias antes do pleito

    Eleições em jogo

    Os ataques ocorreram na reta final da campanha eleitoral, durante o período de silêncio exigido pela lei.

    Favorito na disputa, o ex-premiê Nawaz Sharif realizou um comício abarrotado na cidade de Kasur, acompanhado do seu irmão, Shehbaz Sharif, que também já ocupou o cargo. Ao mar de eleitores, ele pediu para que a juventude “não se apaixone” por Imran Khan. Além da violência flagrante, o país enfrenta graves problemas econômicos e ameaças nucleares do Irã, um de seus inimigos.

    + Véspera de eleição: ex-premiê do Paquistão é condenado a 10 anos de prisão

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    Recado de Khan

    Em mensagem direto da prisão, Khan apelou para que o processo eleitoral ocorresse de maneira normal e pediu para que seus apoiadores esperassem pelos resultados “pacificamente” do lado de fora das assembleias de voto. Ele também procurou “incentivar o número máximo de pessoas a votar”, em publicação no X, antigo Twitter.

    Na mesma plataforma, o filho do ex-primeiro-ministro, fruto de relacionamento com a jornalista britânica Jemima Goldsmith, Kasim Khan solicitou que os eleitores fossem às urnas. Seu raro pronunciamento público nas redes sociais foi ilustrado por uma foto sua ao lado do irmão, segurando uma bandeirado Paquistão.

    https://x.com/Kasim_Khan_1999/status/1755171547277304307?s=20

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