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‘Não há vencedores’ numa guerra comercial, diz Xi em viagem ao Sudeste Asiático

Presidente da China chegou ao Vietnã em meio a tensões com EUA; Trump elevou a 145% tarifas sobre mercadorias chinesas

Por Sara Salbert 14 abr 2025, 13h17

O presidente da China, Xi Jinping, reiterou nesta segunda-feira, 14, que “não há vencedores” em uma guerra comercial e que o protecionismo “não leva a lugar nenhum”, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevar as tarifas sobre produtos chineses para 145%. 

“Não há vencedores em uma guerra comercial ou tarifária”, escreveu Xi em um editorial publicado no jornal Nhan Dan, do Vietnã. “Nossos dois países devem proteger resolutamente o sistema de comércio multilateral, as cadeias industriais e de suprimentos globais estáveis ​​e um ambiente internacional aberto e cooperativo.”

A declaração do presidente chinês ocorre enquanto ele inicia uma viagem de cinco dias ao Sudeste Asiático. Xi foi recebido pelo presidente vietnamita, Luong Cuong, na capital, Hanói, nesta segunda-feira. Em seguida, ele deve ir à Malásia e ao Camboja.

“Diante da turbulência e da ruptura no atual contexto global, o compromisso da China e do Vietnã com o desenvolvimento pacífico e o aprofundamento da amizade e da cooperação trouxe ao mundo valiosa estabilidade e certeza”, disse o Secretário-Geral do Partido Comunista vietnamita, To Lam. 

A China é o maior parceiro comercial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bem como o principal parceiro comercial do Vietnã, Malásia e Camboja individualmente.

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Guerra comercial

A China foi o país mais afetado pela guerra comercial travada por Trump. Enquanto o republicano suspendeu por 90 dias as tarifas recíprocas sobre todos os países, as taxas sobre Pequim foram elevadas a 145%. Em resposta, o governo Xi anunciou na semana passada que vai aumentar os impostos sobre mercadorias americanas de 84% para 125%.

“A imposição de tarifas anormalmente altas pelos Estados Unidos à China viola seriamente as regras comerciais internacionais e econômicas, as leis econômicas básicas e o bom senso, além de ser uma forma completamente unilateral de intimidação e coerção”, afirmou o Ministério das Finanças chinês em comunicado.

A China, segundo o Ministério do Comércio do país, também tomará medidas resolutas e lutará até o fim se Washington “continuar infringindo os interesses chineses de forma substancial”. Segundo a pasta, se Trump seguir na mesma toada, Pequim irá ignorar taxas adicionais.

“A imposição repetida de tarifas anormalmente altas pelos Estados Unidos à China se tornou um jogo de números e não tem significado econômico prático”, disse o Ministério do Comércio em declaração, pedindo que os americanos “corrijam completamente suas práticas ilícitas”.

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