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‘Não tenho medo’, diz estudante palestino libertado a Trump

Mohsen Mahdawi foi preso pela polícia imigratória após sua entrevista de cidadania

Por Ernesto Neves Atualizado em 30 abr 2025, 17h30 - Publicado em 30 abr 2025, 17h26

Um juiz federal de Vermont, nos Estados Unidos, determinou, nesta quarta-feira, 30, a libertação de Mohsen Mahdawi, estudante da Universidade de Columbia preso há duas semanas por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) após uma entrevista de cidadania.

“As duas semanas de detenção já causaram danos significativos a alguém que não foi acusado de nenhum crime”, afirmou o juiz distrital Geoffrey Crawford durante a audiência. “Sr. Mahdawi, ordenarei sua libertação.”

Do lado de fora do tribunal, Mahdawi classificou a decisão como “uma luz de esperança”.

“O juiz Crawford tomou uma decisão corajosa ao me libertar, apesar das acusações hediondas, ataques e violações da Primeira Emenda. Isso é justiça”, declarou. Ele também se dirigiu diretamente ao governo: “Ao presidente Trump e seu gabinete: não tenho medo de vocês.”

O juiz determinou que Mahdawi permaneça em Vermont, onde possui residência, e continue seus estudos de forma remota, com autorização para viajar a Nova York para compromissos acadêmicos e jurídicos.

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Natural da Cisjordânia, Mahdawi vive legalmente nos EUA desde 2014. Ele cofundou a União de Estudantes Palestinos em Columbia ao lado de Mahmoud Khalil, outro estudante recentemente detido.

Mohsen Mahdawi, que deve se formar na Universidade de Columbia no próximo mês, foi detido há duas semanas durante uma entrevista final no processo de naturalização, em um escritório do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA em Vermont.

Durante a audiência de quarta-feira, o juiz federal Geoffrey Crawford destacou que mais de 90 membros da comunidade, incluindo judeus americanos, enviaram cartas descrevendo Mahdawi como uma pessoa pacífica.

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Seus advogados alegam que Mahdawi, assim como o também estudante Mahmoud Khalil, está sendo perseguido politicamente sob a Lei de Imigração e Nacionalidade — que permite a deportação de indivíduos considerados potencialmente prejudiciais à política externa dos EUA.

Mahdawi foi um crítico vocal da campanha militar de Israel em Gaza e participou de protestos estudantis na Universidade de Columbia até março de 2024, quando se afastou das atividades públicas.

“Ele está sendo mantido preso apenas por exercer seu direito à liberdade de expressão”, afirmou a advogada Luni Droubi. “Isso é inconstitucional.”

O juiz Crawford concordou que as alegações de motivação política são relevantes: “Acredito que o Sr. Mahdawi apresentou fundamentos substanciais para considerar sua detenção como uma retaliação à sua liberdade de expressão.”

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