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Netanyahu ataca partidos árabes em discurso após eleições em Israel

Premiê discursou condenando legendas "que questionam a própria existência do Estado de Israel e glorificam terroristas que matam nossos soldados e crianças"

Por EFE 18 set 2019, 02h15
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  • O primeiro-ministro interino de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a atacar os partidos árabes do país em breve discurso realizado nesta quarta-feira (data local) no comitê de campanha montado pelo Likud para as eleições de ontem no país.

    “Muito em breve, meu bom amigo, o presidente Donald Trump, apresentará seu plano (de paz), que desenhará o futuro de Israel por muitas gerações. E Israel precisa de um governo estável e forte, um governo sionista e comprometido com Israel como o estado nacional do povo judeu”, disse Netanyahu.

    “Não pode haver um governo que dependa dos partidos árabes antissionistas, partidos que questionam a própria existência do Estado de Israel, partidos que glorificam e honram terroristas que matam nossos soldados e crianças. Não podemos aceitar isso”, continuou.

    Pesquisas de boca de urna divulgadas após as eleições apontam empate técnico entre o Likud, de Netanyahu, e a coalizão Azul e Branco, liderada pelo ex-general Benny Gantz. No entanto, o opositor teria leve vantagem sobre o primeiro-ministro.

    Caso os resultados sejam confirmados pela apuração oficial, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, pode decidir encarregar Gantz de tentar formar um novo governo no país, missão que Netanyahu não pode cumprir depois das eleições realizadas em abril. Desde a campanha, o premiê interino diz que o adversário irá se aliar aos árabes para governar.

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    “Nos próximos dias entraremos em negociações para estabelecer um governo forte e sionista, impedindo um governo antissionista. Devemos representar todas as partes da nação como o estado judeu. Tenho grande confiança no nosso caminho. Ganharemos”, disse Netanyahu.

    O líder do Likud não citou Gantz, com quem poderia formar um governo de unidade para comandar o país, um desejo, por exemplo, do ex-ministro Avigdor Lieberman, do partido Yisrael Beitenu, que também terá participação na nova composição do parlamento.

    Por enquanto, Lieberman se nega a participar de um governo que tenha a participação dos partidos ultraortodoxos, tradicionais aliados do Likud. Sem as cadeiras que pertencerão ao partido do ex-ministro, Netanyahu não terá maioria do Knesset, o parlamento de Israel.

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    Como Gantz, Netanyahu adotou um tom de cautela e pediu a seus simpatizantes que esperem a apuração oficial para comemorar os resultados. O primeiro-ministro, acusado de corrupção, aproveitou o discurso para exaltar os feitos de seu governo.

    Antes de Netanyahu ir à sede do Likud, o líder da coalizão Azul e Branco falou sobre o resultado das pesquisas de boca de urna, disse estar satisfeito com as escolhas feitas pelos israelenses e destacou que Netanyahu não será capaz de formar um novo governo.

    Como alternativa, o ex-general ofereceu um Executivo de união nacional e convocou seus adversários a trabalhar junto com ele para diminuir a polarização no país.

    “Nesta noite começaremos a construir um amplo governo de unidade que represente o povo e devolva a sociedade israelense ao caminho correto. Todas as divisões devem ficar para trás. Peço a meus rivais políticos, de todos os setores, que trabalhemos juntos por uma sociedade justa que sirva a todos os seus cidadãos”, afirmou Gantz.

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