O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se na última quinta-feira (28) com as famílias de reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza desde os ataques terroristas de 7 de outubro.
Segundo o premiê, Israel dará prosseguimento à campanha militar dentro do enclave palestino, sob justificativa de que essa é “a única forma de garantir a libertação dos reféns”.
Ainda de acordo com Netanyahu, as Forças de Defesa de Israel estão preparando uma ofensiva contra a cidade de Rafah.
“Apenas a continuação da forte pressão militar devolverá os nossos reféns”, disse Netanyahu aos familiares.
“Estamos atacando o norte da Faixa de Gaza e Khan Younis”, acrescentou. “Dividimos a Faixa de Gaza em duas e estamos nos preparando para entrar em Rafah.”
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assim como agências da ONU e grupos humanitários vem alertando repetidamente contra a provável invasão a Rafah.
Isso porque ao menos 1,4 milhões de palestinianos deslocados pela guerra estão abrigados na cidade de forma improvisada.
Netanyahu, no entanto, resiste à pressão internacional para abortar a invasão.
Israel diz que Rafah possui uma rede de túneis do Hamas. E as Forças de Israel suspeitam que esse subterrâneo esconde não apenas combatentes, mas também os seus comandantes “mais procurados” e os mais de 100 reféns israelenses.