Netanyahu diz que vai cumprir promessa de Trump para retirar palestinos de Gaza
Benjamin Netanyahu, premiê israelense, reafirmou em entrevista que deve colocar plano do republicanos em prática; "primeira ideia nova em anos", disse

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou que pretende cumprir a promessa do presidente americano Donald Trump de retirar forçadamente os palestinos da Faixa de Gaza. A declaração foi data em entrevista à rede Fox News no último sábado, 8. “O que Trump está dizendo é: quero abrir a porta e dar-lhes a opção de se realocar temporariamente enquanto reconstruímos o lugar fisicamente”, disse. O premiê israelense classificou a proposta de Trump como “a primeira ideia nova em anos” e que tem o potencial para “mudar tudo” na região.
Trump colocou suas ideias na mesa na última terça-feira, 4, quando propôs a saída dos palestinos da região para que os Estados Unidos controlassem a região depois do fim da guerra. Trump sugeriu ainda que os palestinos não desejariam voltar à região posteriormente porque a região não traria boas lembranças aos antigos moradores. “Eles realmente teriam uma chance de serem felizes, seguros e livres. Os EUA, trabalhando com grandes equipes de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção do que se tornaria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra. Nenhum soldado dos EUA seria necessário”, disse.
Netanyahu afirmou no último sábado que as tropas israelenses vão executar o trabalho. “Trump nunca disse que quer que as tropas americanas façam esse trabalho. Sabe o que eu digo? Nós faremos o trabalho”, afirmou. Netanyahu ponderou que os palestinos que desejassem voltar à Gaza no futuro “teriam que rejeitar o terrorismo”.
Depois das declarações, o Hamas pediu que todas as comunidades palestinas se unissem contra as propostas israelenses e americanas. O grupo afirmou que os palestinos não deixarão a Faixa de Gaza e pediu o apoio também de entidades árabes. Parte das propostas inclui a criação de um “território palestino” na Arábia Saudita, que rejeita a ideia. O ministério de Relações Exteriores saudita emitiu uma nota sobre o assunto. “Esta mentalidade extremista de ocupação não compreende o que o território palestino significa para o povo irmão da Palestina e sua associação consciente, histórica e legal com aquela terra”, afirmou.